Os preços da soja continuam caindo na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (4). Perto de 13h10 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 2,50 e 7,50 pontos, com as baixas mais intensas nos contratos mais alongados. O julho tinha US$ 11,82 e o novembro, referência para a safra dos EUA, a US$ 11,56 por bushel.
“O mercado agora só olha, praticamente, para o umbigo americano”, afirma o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, referindo-se ao bom avanço da safra 2024/25 dos Estados Unidos, que corre sem grandes ameaças até este momento.
As cotações dão sequência às perdas da sessão anterior, porém, com baixas mais amenas e ainda refletindo as condições favoráveis de clima e o avanço do plantio norte-americano, o qual se mantém acima da média.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou seus dados de avanço do plantio no país e a semeadura da soja veio em linha com as expectativas do mercado, chegando a 78%. Na semana passada eram 68%, no passado 89% e a média é de 73%. O estado de Illinois, maior produtor da oleaginosa no país, chega a 81%.
Além de um bom avanço no plantio, o mercado também monitora as condições climáticas, que seguirão favorecendo os trabalhos de campo no Meio-Oeste americano, com chuvas em boa medida e as temperaturas voltando a subir no país.
Assim, a falta de notícias ou novidades que pudesse trazer uma reversão do caminhar das cotações mantém a pressão sobre os futuros não só da soja, mas também do milho na CBOT. Nesta terça, o mercado até testa algumas leves altas, se recuperando depois das baixas mais intensas da sessão anterior.