O mercado da soja volta a subir na Bolsa de Chicago nesta manhã de sexta-feira (2) e, por volta de 7h35 (horário de Brasília), as cotações registravam altas de 7 a 11,75 pontos nos contratos mais negociados. Assim, o agosto tinha US$ 10,29, o setembro US$ 10,20 e o novembro, US$ 10,28 por bushel. Os preços vão terminando a semana em patamares melhores do que os registrados no início da semana, passando por um movimento de correção técnica, após baixas tão agressivas.
Ainda assim, a pressão sobre as cotações, como explicam analistas e consultores de mercado, continua na CBOT, com as previsões de clima ainda favoráveis nos EUA, sinalizando uma oferta grande vinda do país nesta próxima temporada, enquanto a demanda pela soja norte-americana ainda é contida.
“Não há um grande problema, não podemos falar em cortes expressivos de produção, pelo contrário. Temos falado cada vez mais na possibilidade de uma safra cheia, com produtividades muito altas nos principais estados produtores, inclusive, podendo atingir a maior produtividade da história dos Estados Unidos”, explica o analista de mercado Luiz Fernando Gutierrez, da Safras & Mercado.
Para Gutierrez, embora a pressão ainda esteja instalada ainda no mercado da soja na CBOT, com espaço para algumas baixas, “a maior parte do movimento negativo já está aí, está passando, mas ainda temos um cenário macro mais positivo do que negativo”, diz. E complementa que, do lado da demanda, seria necessário um movimento bem mais agressivo da China nos EUA para mudar o cenário das cotações.
Ainda nesta sexta, tanto farelo, quanto óleo sobem de forma considerável e favorecem os ganhos do grão.
No Brasil, o dólar acima dos R$ 5,70 ainda conferem um suporte expressivo aos preços da soja no mercado nacional.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira: