O mercado deixou para trás a estabilidade e registra uma nova sessão de altas fortes na Bolsa de Chicago nesta tarde de quinta-feira (25). Os contratos mais negociados, por volta de 13h (horário de Brasília), subiam entre 7,50 e 14,50 pontos nos principais vencimentos, com o agosto de volta aos US$ 11,18 e o novembro – referência para a safra americana – sendo cotado a US$ 10,77 por bushel.
O combustível para os ganhos da soja em grão na CBOT, segundo os especialistas, vem com boas notícias vindas do lado da demanda – com boas vendas semanais para exportação, em especial da safra 2024/25, e um novo anúncio de venda de mais de 260 mil toneladas – e também do cenário climático no Corn Belt.
As condições de clima no Meio-Oeste americano não são as mais adequadas neste momento, com certa falta de chuvas em algumas regiões que trazem preocuapação. Especialistas, porém, afirmam que não há no horizonte uma ameaça severa que pudesse mudar de forma expressiva o potencial real da safra americana 2024/25.
“As previsões de curto a médio prazo para os EUA indicam clima majoritariamente seco, entretanto, o mercado ainda não apresenta grandes preocupações em relação a safra atual”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. Não só nos EUA, mas em outras áreas que estão com suas safras de verão em desenvolvimento também há alguns sinais de alerta. “No cenário global, as altas temperaturas observadas no leste da Europa e na região do Mar Negro devem reduzir, ainda que permaneçam previsões de uma perda de umidade significativa nas lavouras do sul da Rússia”, complementa Sousa.
Além destes dois fatores, as altas fortes do farelo de soja – de mais de 2% – também contribui para o avanço do grão, diante das ameaças de novas greves na Argentina.