Em sua primeira estimativa para a safra brasileira 24/25 de soja, a StoneX calculou uma produção de 165 milhões de toneladas, aumento de 10,8% em relação ao ciclo anterior, impactado por questões climáticas.
“Esse avanço é resultado da perspectiva de recuperação da produtividade, desde que o clima não traga maiores surpresas, e também da continuidade do crescimento de área”, explicou a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
A área plantada nacional foi estimada em 46,5 milhões de hectares, aumento de 0,79% em relação ao ano passado. Destaque para avanços de área no Centro-Oeste e, em menor medida, no Paraná e em Santa Catarina.
Essa variação anual de área é mais modesta em comparação ao observado no passado recente, uma vez que o cenário de preços da oleaginosa está menos favorável.
O balanço global, apontando para uma maior folga entre oferta e demanda, diante do bom andamento da safra dos EUA, tem pesado sobre os preços.
Diante da perspectiva de recuperação da produção de soja, há espaço para as exportações voltarem a superar 100 milhões de toneladas no ciclo 24/25 e o consumo doméstico deve continuar avançando, dada a relevância do país na produção de carnes e também de biodiesel. No caso do biocombustível, está prevista a adoção do B15 em 2025.
Mesmo com uma demanda aquecida, a produção recorde pode garantir um balanço com estoques finais mais confortáveis, estimados em 6,96 milhões de toneladas.