De acordo com nova estimativa divulgada pela StoneX, espera-se uma produção total de 9,95 milhões de toneladas de soja paraguaia para o ciclo 2023/24. Esse resultado considera ajustes realizados na safra principal, com influência da seca afetando a produção do Chaco, e a manutenção da expectativa da soja safrinha em 1,05 milhões de toneladas.
2024/25
Já para o ciclo 2024/25, esperam-se 10,55 milhões de toneladas de soja paraguaia, entre safra e safrinha, desde que os índices pluviométricos e a temperatura acompanhem o desenvolvimento da cultura.
No caso da safra principal, o aumento da área plantada poderia se converter em um novo recorde histórico de produção, caso condições climáticas favoráveis acompanhem o ciclo agrícola. Para a Região Oriental, os destaques ficariam para o norte, onde se espera que San Pedro, Amambay e Concepción possam recuperar sua produtividade média. Já para a Região Ocidental, considerada a nova fronteira agrícola paraguaia, espera-se que os três departamentos mais que dupliquem sua produção, tanto pelo aumento da área plantada esperado quanto por maiores rendimentos por hectare.
Em relação à safrinha, nos principais departamentos produtores, Alto Paraná e Itapúa, o destaque está em uma maior área plantada esperada. Já para os departamentos de Canindeyú e San Pedro, o aumento exponencial esperado se dá a partir das perdas expressivas observadas no ciclo 2023/24, quando a produtividade vista por hectare foi praticamente a metade do potencial esperado. Sendo assim, mais que duplicar a produção esperada se daria como resultado de que Canindeyú possa recuperar sua produtividade, passando de apenas 1,00 ton/ha para 1,90 ton/ha. No caso de San Pedro, departamento mais afetado no último ciclo, o resultado observado de 0,80 ton/ha poderia alcançar 1,60 ton/ha.
Já a comercialização da soja estaria em aproximadamente 87%, nível mais baixo dos últimos anos. O menor registro de vendas se deu como resultado dos preços mais pressionados em Chicago, assim como do bom resultado produtivo de Brasil e Argentina, que consequentemente pesaram sobre os “basis”, com algumas regiões chegando a observar o maior desconto já registrado.
Entre os últimos dias de julho e o começo de agosto, observou-se pela primeira vez no ano um “basis” positivo em Assunção, o que significa que, em vez de descontos, passaram a ser pagos prêmios de US$ 30 por tonelada (lembrando que em regiões do Alto Paraná chegaram a observar-se “basis” de US$ -90 no primeiro trimestre de 2024). Isso começou a acelerar o ritmo de vendas, o que poderia impulsionar a comercialização nas próximas semanas, para assim equiparar o registro de vendas aos anos anteriores, quando, nesta época do ano, a soja já se encontrava completamente liquidada.
Olhando para o próximo ciclo, informações comerciais indicam também que a maioria dos insumos já se encontra vendida ao produtor, que aguarda agora o início de setembro para abrir oficialmente o calendário da nova safra.