Os futuros da soja continuam subindo na Bolsa de Chicago e vão intensificando seus ganhos no pregão desta sexta-feira (5). Perto de 14h15 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 7,25 e 15 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto sendo cotado a US$ 11,65 e o novembro a US$ 11,28 por bushel. O grão acompanha altas de mais de 1% tanto do farelo, quanto do óleo neste pregão que retoma os negócios depois do feriado nos Estados Unidos em comemoração ao dia da Independência.
O mercado da soja acompanha também os vizinhos, com as altas sendo lideradas pelo trigo – com mais de 2% de avanço nesta sexta-feira – e com o milho na sequência, também subindo mais de 1%.
“A valorização dos ativos é impulsionada, principalmente, por um dólar enfraquecido, com o mercado repercutindo os dados do mercado de trabalho nos EUA”, informa o time da Agrinvest Commodities. Frente ao real, a baixa era de 0,25, perto de 14h30, para R$ 5,48.
A Agrinvest pontua ainda que outros fatores como a piora do clima para as lavouras americanas e o programa brasileiro de exportação bastante forte também tornam os grãos americanos mais atrativos. “Temos muita chuva e clima frio para os EUA e Canadá. Algumas áreas de soja americana já estão com excesso de água no solo”, informa a consultoria. Além disso, explica que “se o programa brasileiro de exportação for de 95 milhões de toneladas, já chegamos a quase 80% do total. No ano passado, estávamos em 72%. O total nomeado está em 8,14 milhões de toneladas, o menor volume desde a 3ª semana de janeiro. Com uma safra menor este ano, é provável que, a partir de agora, o ritmo de embarques comece a cair, dando espaço para o andamento do programa de soja dos EUA”.
Ainda nesta sexta, o mercado se atenta também aos números das vendas semanais para exportação que o USDA reportou, os quais vieram maiores em relação à semana anterior no caso da safra nova, mas menores para a safra velha, confirmando um programa lento de exportações 2023/24 no país.
Na semana encerrada em 27 de junho, os EUA venderam 228,4 mil toneladas de soja 23/24 e 150,3 mil 2024/25.