Com a mira nas eleições norte-americanas e o candidato republicano Donald Trump anunciando vitória na noite desta terça-feira (5), o mercado da soja trabalha com bastante volatilidade e apresenta baixas consideráveis na manhã desta quarta (6) na Bolsa de Chicago. Perto de 6h15 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 14,50 e 20 pontos nas posições mais negociadas, perdendo o patamar dos US$ 10,00 em quase todas as posições mais negociadas.
O novembro tinha US$ 9,73, o março US$ 9,97 e o maio – referência para a nova safra brasileira – US$ 10,12 por bushel.
Trump já conquistou 267 dos 270 delegados necessários para vencer e os mercados reagiram imediatamente à informação. “De ações ás bitcoins, a possibilidade de Trump chega a todos os mercados”, deu em manchete a agência de notícias Bloomberg na madrugada de hoje. Os índices acionários norte-americanos subiam mais de 2% e o dólar index mais de 1%.
A alta do dólar pesa sobre as commodities e a soja não escapa do movimento. Os futuros do farelo e do trigo cediam mais de 1% em Chicago, enquanto o milho e o óleo também operavam do lado negativo, mas com menos intensidade. Na Bolsa de Nova York, todas as commodities operam no vermelho e o petróleo perde quase 2%, tanto no WTI, quanto no brent.
Além do cenário macroeconômico e do futuro político dos EUA, o mercado se atenta ainda ao comportamento do clima no Brasil, com as chuvas ainda permitindo um bom avanço do plantio. Os atrasos iniciais estão sendo compensados e esse é mais um fator de pressão sobre as cotações.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira: