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Planejamento, inovação e sustentabilidade: as bases da nova safra brasileira de algodão

O início do segundo semestre marca a evolução da colheita do algodão nas principais regiões produtoras brasileiras. Com término previsto para agosto, o prognóstico é bastante promissor. De acordo com dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, a safra 2024/25 deverá encerrar em 3,938 milhões de toneladas, volume 6,4% acima da temporada 2023/24. De acordo com o mesmo órgão, a área plantada também apresentou acréscimo, com 2,083 milhões de hectares, aumento de aproximadamente 7,2% sobre a safra anterior.

A expansão tanto da produtividade quanto da área plantada deve-se a diversos fatores, como o preço, que incentivou produtores a ampliarem a área e investirem no algodão, e o planejamento antecipado. Contudo, a ampliação do uso de biotecnologia, aliada às ferramentas de tratamento de sementes e ao manejo correto de pragas, doenças e plantas daninhas fizeram com que a cotonicultura brasileira conquistasse altos patamares produtivos e rentáveis, inclusive assumindo a liderança na exportação de algodão em pluma, superando os Estados Unidos – reconhecimento obtido desde a safra anterior, e que se mantém nesta temporada.

Para chegar a resultados expressivos no campo, no entanto, é imprescindível que os produtores de algodão comecem a planejar a temporada seguinte tão logo a colheita termine. É tempo de escolher as sementes (e, consequentemente, as ferramentas de tratamento) e os insumos que serão utilizados. Porém, antes da semeadura, que em estados como Bahia e Mato Grosso que se estabelecem entre dezembro e janeiro, é necessário um cuidado especial com o solo.

Etapas como a amostragem, a correção e o preparo do solo devem ser realizados nos meses, que antecedem a janela ideal de semeadura para o algodão safra e o safrinha, nesta última situação com uma boa base já preparada na cultura anterior a soja. Estas ações ajudam no diagnóstico das condições químicas e físicas, identificando deficiências de nutrientes, acidez e possíveis desequilíbrios, além de ajudar na formação do sistema radicular do algodoeiro, melhorando a absorção de água e sendo o primeiro passo no estabelecimento da lavoura.

Já durante o ciclo do algodão – que, em algumas regiões, chega até a 220 dias – o manejo com fitossanitário é essencial. Pragas como lagartas e pulgões causam impactos significativos na cultura, podendo comprometer diretamente a produtividade e a qualidade da fibra. Por isso, a aplicação de inseticidas deve ser eficaz e iniciada na detecção das pragas em campo, com base em um monitoramento constante. As sementes com biotecnologia ajudam neste manejo, pois elas contam com proteínas atuantes em todos os tecidos da planta e por todo o ciclo, promovendo maior proteção e longevidade.

No caso da ramulária e da mancha-alvo, principais doenças que afetam o algodão, são recomendadas aplicações preventivas de fungicidas. Normalmente, essas aplicações começam cerca de 30 dias após a emergência da cultura, com monitorando contínuo das áreas para garantir a eficácia do controle.

Por fim, embora o capim-pé-de-galinha, a vassourinha de botão, o capim-amargoso, a buva e o caruru sejam comumente associados à cultura da soja, essas plantas daninhas também estão presentes no algodão e impactam negativamente a produtividade – especialmente em áreas onde o algodão sucede a soja ou o milho. O manejo dessas plantas daninhas deve ser adotado em sistema, ou seja, com estratégias de controle iniciadas já na cultura anterior ou nas plantas de cobertura.

Dessa forma, ao adotar todas as etapas recomendadas — desde o preparo do solo até o manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas — o produtor tem em mãos as ferramentas necessárias para garantir uma lavoura mais produtiva, rentável e, acima de tudo, sustentável.

O sucesso da cotonicultura brasileira depende cada vez mais de decisões bem embasadas, tecnologias eficazes e práticas agrícolas responsáveis, que respeitam o potencial do solo, protegem o meio ambiente e asseguram a qualidade e protagonismo da fibra nacional no mercado global.

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