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Safra 2024/2025 começa a ganhar ritmo no Oeste da Bahia, com expectativa de quase 788 mil toneladas de algodão beneficiado

A colheita do algodão na safra 2024/2025 começa a engrenar no Oeste da Bahia.  Dos cerca de 413.121 hectares plantados com a cultura na região, 25% já foram colhidos, e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) aguarda o avançar dos trabalhos das máquinas para cravar um número estimado de produtividade. A expectativa da entidade é de uma produção de, aproximadamente, 787.616 toneladas de algodão beneficiado, projeção de março, que, por hora, os produtores estão mantendo. Os primeiros resultados da colheita, contudo, já sinalizam que deve haver uma leve redução na estimativa anterior de produtividade, que era de 1.907 e passou para 1.783 quilos por hectare (- 6,5%).

De acordo com a presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, a ocorrência de veranicos em março – quando algumas regiões chegaram a registrar até 30 dias consecutivos sem chuvas –, provavelmente, vai impactar a produtividade. “Ainda tem muita colheita pela frente até chegarmos a um número mais exato. A eventual queda, entretanto, não deve afetar o volume esperado, por conta do incremento na área irrigada do cerrado baiano, que foi de 19,6%, em comparação à safra 2023/2024.

Na última segunda-feira (30), a presidente da Abapa apresentou o levantamento da safra até o momento, na 79ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, em São Paulo, como parte da programação do XXII Anea Cotton Dinner Golf & Tournament, tradicional evento da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão.

Na ocasião, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gustavo Piccoli, destacou o crescimento da produção de algodão no país, puxado por uma expansão de 10,2% na área plantada, em relação ao ciclo 2023/2024, atingindo 2,14 mil hectares. A produção nacional deve chegar a 3,96 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 7,1%.

Ação coordenada

Durante a programação da Anea Cotton Dinner, uma das principais reflexões veio do diretor sênior global da trading LDC, Joe Nicosia, que destacou a urgência de uma ação coordenada entre os países produtores de algodão diante da ameaça crescente representada pelas fibras sintéticas, especialmente o poliéster. Segundo ele, “é melhor dividir uma pizza que está crescendo do que brigar por fatias que encolhem”, ao defender que a concorrência entre os produtores de algodão deve dar lugar à cooperação em defesa da fibra natural. Atualmente, o poliéster domina cerca de 70% do mercado global de fibras, impulsionado por preços mais baixos, eficiência industrial e ampla produção na China. Enquanto isso, o algodão — mesmo sustentável, rastreável e biodegradável — perde espaço. Para reverter esse cenário, Nicosia propôs um alinhamento global entre Brasil, EUA, Austrália e outros exportadores em torno de uma agenda comum de valorização do algodão, com foco em qualidade, padronização, rastreabilidade e, sobretudo, comunicação estratégica. A mensagem-chave, segundo ele, deve destacar as credenciais ambientais do algodão, como a ausência de microplásticos e sua capacidade de biodegradação — diferenciais que ganham força frente à crescente conscientização dos consumidores e às novas regulamentações de rotulagem ecológica na Europa e nos Estados Unidos.

Homenagem

Ainda durante a programação da Anea, desta vez, no jantar de gala, Alessandra Zanotto Costa homenageou, em nome da Abapa, os 25 anos da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão. “Entre a lavoura e a indústria internacional, tem muito mais que os oceanos no caminho do algodão brasileiro. Tem conexão, feita por gente que trabalha e noite para encurtar distâncias. Para alinhar expectativas entre quem produz e quem compra. Para juntos abrir mercados e ajudar a fortalecer a nossa imagem. Para garantir respeito e transparência em cada negociação. Nós, da Abapa, parabenizamos a Anea pelo profissionalismo e sucesso na missão de levar o algodão da Bahia e do Brasil para o mundo”, disse Alessandra, ao entregar uma placa comemorativa à entidade, nas mãos do presidente que se despedia do cargo naquela noite, Miguel Faus.

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