Comemorar 20 anos de história é celebrar o crescimento e a transformação do agro e para a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), essa celebração é marcada pela crescente presença de jovens delegados e produtores que, com garra e inovação, estão moldando o futuro do agro no estado.
No cenário do agronegócio, os jovens têm se destacado por sua visão de futuro, seu compromisso com a sustentabilidade e sua contribuição para o fortalecimento das práticas agrícolas, sempre respeitando o legado deixado pelas gerações anteriores.
A história de Marcos Sfredo, delegado de Nova Mutum, aos 25 anos, é um exemplo de como o amor pela terra e o desejo de inovar podem caminhar juntos. Filho de uma família que sempre participou ativamente da Aprosoja MT, o produtor lembra dos tempos em que acompanhava o trabalho de seu pai e tio na fazenda. “Desde pequeno eu sempre gostei muito de ir para a fazenda junto com meu pai, com meu tio, sempre que tinha alguém que ia, que dava para ir, eu sempre fui junto”, relembra ele, destacando que, desde cedo, sentiu que o seu lugar estava no campo. Para ele, o trabalho na fazenda era mais do que uma atividade, era a oportunidade de aprender com aqueles que já estavam na estrada há mais tempo. “A geração mais nova tem que chegar dando novas ideias, só que sempre respeitando e buscando aprender mais com quem já está no ramo.”
Com a ideia de continuar o legado de sua família, Marcos foi estudar agronomia, e antes mesmo de terminar sua formação, já estava envolvido ativamente com a rotina da fazenda. Quando teve a oportunidade de se tornar delegado, ele não hesitou. “Logo que eu vi a oportunidade de ser delegado, eu já aceitei de prontidão, sempre vendo os benefícios que a entidade traz em prol de todos os produtores”, diz ele. Para Marcos, a Aprosoja MT tem um papel fundamental ao representar os interesses dos produtores, principalmente nas áreas onde o produtor muitas vezes não consegue acompanhar, como o cenário político e as questões técnicas que impactam diretamente o campo. Ele é enfático: “A Aprosoja MT, nessa parte, ela protege todos os produtores, ela busca representar o interesse de todos.”
A delegada de Campo Verde, Vitória Cimadon, de 28 anos, compartilhou também sua jornada no agro. Crescendo em uma família de agricultores, sempre teve contato com o campo, Vitória se lembra com carinho da infância ao lado dos pais e, logo na juventude, decidiu seguir o caminho da agronomia, como sua vocação. “Eu sempre estive ligada com a agricultura, meus pais sempre nesse ramo, então eu cresci no meio da fazenda e sempre foi meu sonho continuar essa carreira”, conta. Formada em agronomia, começou a trabalhar na fazenda com seus pais aos 21 anos, e desde então tem se dedicado ao campo, enfrentando todos os desafios e aprendendo com a experiência do dia a dia.
Além da experiência prática no campo, Vitória teve a oportunidade de participar da Academia de Liderança da Aprosoja MT, uma vivência que a ajudou a entender melhor seu próprio perfil e a lidar com as pessoas de maneira mais eficaz. “A gente pôde ter um conhecimento melhor sobre a gente, entender como é o nosso perfil, até para poder lidar com as pessoas”, diz ela. A participação no programa de liderança também a ajudou a ter uma visão mais ampla do setor agropecuário, incluindo a logística e os desafios que surgem da porteira para fora. Para Vitória, a presença da nova geração na Aprosoja MT é fundamental. “Acredito que com esses novos jovens mais inseridos nas entidades, a gente tem mais acesso às redes sociais, à tecnologia, e a gente consegue levar informação, consegue ajudar a sociedade, ajudar a comunidade local, a fazenda”, comenta ela, reforçando que a participação ativa dos jovens contribui para a modernização e o fortalecimento do setor.
O delegado coordenador de Alta Floresta há dois anos, Mateus Berlanda, de 25 anos, tem uma história que reflete o espírito do campo e a continuidade de uma tradição familiar. Nascido e criado em Alta Floresta, Mateus cresceu trabalhando na lavoura, ajudando o pai desde muito jovem. Para ele, o caminho do agro foi inevitável. Com apenas 10 anos, Mateus já estava na lavoura, trabalhando ao lado de seu pai, ajudando a plantar arroz e posteriormente, a soja e o milho.
“Me tornar produtor foi algo inevitável, não tinha como não ser assim. Cresci dentro da lavoura e sempre fui seguindo os passos do meu pai e decidi que seria produtor rural e que é isso que eu sei fazer. Com dez anos de idade eu já estava com meu pai na lavoura, já ajudava”, conta.
A paixão pela terra e pela produção rural foi crescendo, e, em 2018, após o incentivo de seu pai, ele decidiu seguir o legado e gerenciar o negócio da família. “Em 2018 meu pai me perguntou o que eu iria querer fazer e disse que arrendaria uma outra fazenda e que gostaria que eu fizesse acontecer e naquela época para mim já era claro que eu queria trabalhar no campo e hoje graças a Deus a gente mais que dobrou de tamanho e sou eu que tomo 100% de conta do negócio da família na parte da lavoura. Eu tenho mais 3 irmãos, todos mais novos que eu e me vejo como espelho para eles, que já estão junto comigo e fazem a diferença”, afirma com orgulho.
Mateus destaca a importância de sua atuação como delegado coordenador na Aprosoja MT, uma função que, para ele, é crucial no fortalecimento do setor. “A função de delegado é muito importante, que é trazer todos os trabalhos que a Aprosoja MT faz para a região”, explica. Ele vê a Aprosoja MT como um elo entre os produtores e os desafios do setor, principalmente nas regiões mais distantes e menos informadas. Para Mateus, a associação é essencial para garantir que as demandas dos produtores sejam ouvidas e atendidas. “Nós estamos aqui para buscar a demanda com os produtores, com as regiões e levar até a sede”, diz ele, reafirmando o papel da Aprosoja MT no fortalecimento do agro em Mato Grosso.
Através da dedicação de jovens como Marcos, Vitória e Mateus, fica claro que o legado do campo está em boas mãos e vai continuar. A Aprosoja MT tem sido um alicerce importante para os jovens produtores de Mato Grosso, proporcionando aprendizado, a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções para os desafios do setor com projetos como o Soja Legal, Academia de Lideranças e com pesquisas desenvolvidas nos Centros Tecnológicos (CTECNOS) Araguaia e Parecis. Com esses jovens na liderança, o agro mato-grossense continua a se modernizar, equilibrando tradição com inovação, e criando um caminho sustentável e próspero para as futuras gerações.