As exportações de carne bovina pelo Brasil chegaram a 219 mil toneladas no mês de fevereiro de 2025, com faturamento de US$ 1,04 bilhão. No histórico das exportações brasileiras, este foi o melhor resultado já registrado para o mês de fevereiro. Comparado ao mesmo mês de 2024, os embarques aumentaram 7,5% em volume e 16,5% em faturamento.
No acumulado do ano, o Brasil já exportou 428 mil toneladas, um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2024, com faturamento de US$ 2,045 bilhões, um avanço de 13,9%. O aumento no faturamento reflete um preço médio mais alto, com crescimento de 8,8%.
A China se manteve como principal destino da carne bovina brasileira, com 94.448 toneladas embarcadas e um faturamento de US$ 450,38 milhões em fevereiro. Os preços médios para o mercado chinês registraram queda de 2,1% na comparação com janeiro, influenciados pela menor demanda do consumidor e preços mais baixos no atacado.
Já os Estados Unidos foram o segundo maior comprador no mês, importando 26.936 toneladas, um aumento expressivo de 42% sobre janeiro. O faturamento com as exportações para o mercado norte-americano totalizou US$ 147,3 milhões, um crescimento de 38,2% no mesmo período.
Outro destaque foi o México, que ficou em sétimo lugar entre os maiores compradores da carne bovina do Brasil, com 4.421 toneladas importadas em fevereiro, um avanço de 41% em relação a janeiro.
Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Roberto Perosa, os resultados refletem o esforço do setor para manter o crescimento e consolidar a presença da carne bovina brasileira no mercado internacional.
“Seguimos ampliando a diversificação das exportações, garantindo um crescimento sustentável para o setor, sem descuidar do abastecimento interno. As vendas externas representam cerca de 30% da produção nacional e complementam o mercado interno, permitindo que a indústria aproveite melhor cada corte, ajustando o mix de produtos e atendendo às demandas específicas de mais de 150 mercados. Esse trabalho estratégico fortalece ainda mais a competitividade do Brasil no mercado internacional e abre novas oportunidades para a carne brasileira no mundo”, destacou Perosa, presidente da Abiec.
Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e foram divulgados nesta sexta-feira (07).