As exportações brasileiras de banana cresceram fortemente em 2025 frente ao ano anterior. O impulso veio do aumento da produção nacional de nanica (principal variedade negociada no mercado internacional), especialmente nas regiões Sul e Sudeste, e da maior demanda externa no primeiro semestre, favorecida por entraves produtivos em países concorrentes como Paraguai, Bolívia, Colômbia e Peru. Segundo dados do Comex Stat, o volume embarcado de janeiro a novembro/25 foi de 75 mil toneladas, superando em 63% o de 2024, com a receita atingindo US$ 30 milhões (FOB), alta de 45% na mesma comparação. Sendo assim, entre os meses de abril e julho deste ano, foi o período de concentração do volume de cargas enviadas, quando a oferta de nanica estava maior, registrando 28 mil toneladas, representando 37% do todo, e montante 88% maior em relação ao mesmo período do ano de 2024 – este que apresentou cerca de 15 mil toneladas exportadas. Desde agosto, os envios vêm diminuindo, comportamento comum para o período devido à entressafra da nanica, queda de qualidade da variedade (chilling), por conta do clima amena de julho a setembro, e preços mais atrativos no mercado doméstico. Além disso, a Bolívia retomou sua produção a partir do segundo semestre, com qualidade mais atrativa, enquanto o Paraguai seguiu com dificuldades na safra. Os principais países em que o envio foi destinado, entre janeiro e novembro de 2025, foram Uruguai (45%), Argentina (41%), Holanda (5%) e Espanha (4%). Diante da perspectiva de melhora na qualidade a partir de dezembro, com a volta das chuvas, as exportações brasileiras podem ganhar novo fôlego no início de 2026 com os bons volumes de fruta previstos.
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