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Cotações do milho têm leves altas na B3 com mercado atento ao ritmo das exportações

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A terça-feira (26) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

De acordo com a análise da Agrinvest, o principal fator de pressão no pregão de hoje foi a forte queda registrada pelo óleo de soja, já que um biodiesel mais barato nos Estados Unidos é negativo para o etanol de milho. 

Do outro lado da balança, as exportações de milho norte-americano seguem surpreendendo, com o acumulado da temporada 2025/26 registrando o dobro do ano passado para este mesmo período, conforme reportado pelo USDA (Departamento de Agriculta dos Estados Unidos). 

O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,87 com queda de 1,75 ponto, o dezembro/25 valeu US$ 4,09 com perda de 2,75 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,26 com baixa de 3,25 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,36 com desvalorização de 3,75 pontos. 

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (25), de 0,45% para o setembro/25, de 0,67% para o dezembro/25, de 0,76% para o março/26 e de 0,85% para o maio/26. 

Mercado Brasileiro 

Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho finalizaram o pregão desta terça-feira com movimentações pequenas e em campo misto, com os primeiros vencimentos apresentando ganhos moderados. 

Segundo análise da Agrinvest, o mercado segue de olho no ritmo das exportações e nos preços que continuam firmes no spot, diante da demanda aquecida pelas usinas de etanol e a pouca vontade dos produtores em participarem do mercado. 

Para o Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, o produtor brasileiro neste momento tem mais interesse em comercializar soja do que avançar com as vendas de milho. 

“Até porque o milho tem todo um caminho ainda pela frente. Acabou de colher a safra de milho, acabou de armazenar essa safra. A soja tem estoques menores, mas o produtor acredita mais no potencial de alta do milho do que da soja. O que vai determinar se ele está certo ou errado são os ritmos de exportações de milho de agora até janeiro. Se as exportações forem robustas, contínuas, e o Brasil exportar mais de 40 a 42 milhões de toneladas, a estratégia do produtor terá sido vencedora. Exportações mais fracas, abaixo de 36 a 37 milhões de toneladas, indicariam uma estratégia menos assertiva”, opina o consultor. 

Fernandes ainda destaca que, os números de embarques de milho, que já estão acima dos registrados em 2024 no mês de agosto, devem ganhar mais força nos próximos meses. 

“É completamente natural. Vamos lembrar que a safrinha demorou mais a ser colhida. A colheita atrasou devido ao comportamento do clima, a produtividade é maior, mas a planta esticou um pouco o ciclo. Então agora que as exportações estão ganhando robustez, volume e agressividade, tanto é que se você olhar, as traders estão buscando milho com muita intensidade para cumprir seus contratos de exportação. Tem muito contratos a sendo cumpridos no mês de setembro e outubro que precisam ser originado agora. O mês de agosto que vai fechar agora, nós Terra Agronegócios esperamos número acima de 8 milhões de toledas de exportação. Os lineups para setembro também já estão começando a ser construídos. Nós estamos otimistas, mas otimista não quer dizer que eu preciso parar de acompanhar. Semanalmente a gente tem que ver o que carregou. Semanalmente a gente tem que ver o ritmo de vendas. Semanalmente a gente tem que ver o ritmo das exportações”, afirma. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 66,12 com alta de 0,05%, o novembro/25 valeu R$ 69,72 com valorização de 0,32%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 71,83 com ganho de 0,35% e o março/26 teve valor de R$ 73,41 com queda de 0,12%. 

No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve mais quedas do que elevações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Sorriso/MT, enquanto as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Porto de Santos/SP. 

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