Por Bernadette Christina e Fransiska Nangoy
JACARTA (Reuters) – A Indonésia deverá exportar 27,5 milhões de toneladas em 2025, um declínio de 6,9% em relação ao ano passado, informou o maior grupo local do setor de óleo de palma, a Associação de Óleo de Palma da Indonésia (GAPKI), nesta quinta-feira.
O maior exportador mundial da commodity está lutando para aumentar a produção do óleo vegetal à medida que suas árvores envelhecem, em um momento em que também está expandindo a mistura obrigatória de óleo de palma no biodiesel.
A queda estenderia a retração já observada em 2024, de 8,3%, quando a Indonésia exportou 29,54 milhões de toneladas de produtos de óleo de palma, segundo dados da GAPKI.
O crescimento marginal da produção da Indonésia em 2025, juntamente com a maior demanda doméstica, deverá reduzir as perspectivas de exportação, disse Hadi Sugeng, representante da associação, a repórteres.
“As exportações tendem a cair ano a ano, em contraste com o consumo interno”, acrescentou Hadi. “Enquanto isso, nossa produção é apenas moderada.”
A GAPKI estimou a produção total de óleo de palma em 53,63 milhões de toneladas este ano, incluindo cerca de 48,98 milhões de toneladas de óleo de palma bruto, apenas um ligeiro aumento em relação à produção do ano passado.
Em 2024, a Indonésia produziu 48,16 milhões de toneladas de óleo de palma bruto e tinha estoques de 2,58 milhões até o final de 2024, disse a GAPKI.
As exportações apertadas aumentaram os preços do óleo de palma nos mercados globais [POI/], o que a GAPKI alertou que reduziria a competitividade em relação aos óleos vegetais rivais.
“O óleo de palma não é mais um óleo vegetal barato”, acrescentou Hadi. “Ele costuma estar mais caro do que outros óleos vegetais, fazendo com que os importadores, especialmente a Índia, comprem os mais baratos.”
(Reportagem de Bernadette Christina Munthe, Fransiska Nangoy)
