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Por Arathy Somasekhar
HOUSTON (Reuters) – Os preços do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, com a retomada dos embarques no centro de exportação de Novorossiysk, na Rússia, após uma suspensão de dois dias no porto do Mar Negro, que foi atingido por um ataque ucraniano.
O petróleo Brent caiu 0,3%, para fechar a US$64,20 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos (WTI) caiu 0,3%, para fechar a US$59,91.
Ambos os contratos de referência subiram mais de 2% na sexta-feira, encerrando a semana com um ganho modesto, depois que as exportações foram suspensas em Novorossiysk e em um terminal vizinho do Caspian Pipeline Consortium, afetando o equivalente a 2% da oferta global.
Novorossiysk retomou o carregamento de petróleo no domingo, de acordo com duas fontes do setor e dados da LSEG. No entanto, os ataques da Ucrânia à infraestrutura petrolífera russa continuam em foco.
“A fraqueza inicial deveu-se à retomada dos carregamentos em Novorossiysk, mas foi de curta duração”, disse Scott Shelton, especialista em energia do TP ICAP Group.
As forças armadas da Ucrânia disseram no sábado que atingiram a refinaria de petróleo russa Ryazan, e o Estado-Maior de Kiev disse no domingo que a refinaria de petróleo Novokuibyshevsk, na região russa de Samara, também havia sido atingida.
“Os investidores estão tentando avaliar como os ataques da Ucrânia afetarão as exportações de petróleo da Rússia no longo prazo”, disse o analista da Fujitomi Securities, Toshitaka Tazawa.
INVESTIDORES MONITORAM O IMPACTO DAS SANÇÕES OCIDENTAIS
Os investidores também estão monitorando o impacto das sanções ocidentais sobre o fornecimento e os fluxos comerciais russos. Os EUA impuseram sanções que proíbem negócios com as empresas petrolíferas russas Lukoil e Rosneft depois de 21 de novembro para tentar pressionar Moscou a realizar negociações de paz sobre a Ucrânia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo que os republicanos estão trabalhando em uma legislação que imporá sanções a qualquer país que faça negócios com a Rússia, acrescentando que o Irã poderia ser adicionado a essa lista.
(Reportagem de Stephanie Kelly em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio e Sam Li em Pequim; reportagem adicional de Ahmad Ghaddar em Londres)