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Produtores de suínos de MT discutem custos da ração, exportações recordes e consumo interno

Especialistas, lideranças, estudantes e produtores rurais se reúnem nesta terça-feira (2) em Cuiabá no 2º Seminário de Suinocultura de Mato Grosso para discutir os desafios e oportunidades do setor. Segundo as análises, as perspectivas são promissoras a longo prazo, mas 2026 exigirá atenção redobrada em razão de fatores climáticos, geopolíticos e econômicos.

Para Frederico Tannure Filho, presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) empossado para sua segunda gestão, o momento é de otimismo aliado à cautela. Ele lembra que, apesar de Mato Grosso estar no berço da produção de milho e soja, os fatores climáticos devem influenciar a cultura no próximo ano.

“O atraso na implantação da soja com certeza vai impactar na lavoura de milho logo no início de 2026 e, de certa forma, preocupa a suinocultura no que tange aos custos, porque a fatia mais pesada do custo de produção do suíno é a alimentação”, destaca.

Ao mesmo tempo, o setor segue sustentado pelo bom desempenho das exportações, que continuam batendo recordes. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2024, 1,3 milhões de toneladas de carne suína foram exportadas, colocando o Brasil como quarto maior exportador de suínos no mundo.

De acordo com o chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves, pesquisador Everton Krabbe, ampliar o consumo interno da carne também é uma das metas do setor. “Precisamos fomentar o mercado interno para não depender apenas da exportação, Hoje o consumo médio da carne suína no Brasil é de 20kg por habitante ao ano, mas tem outros países que consomem o dobro disso. Nós precisamos e podemos crescer nesse aspecto”, destaca.

Segundo o pesquisador, outro importante fator a ser levado em conta é o da sustentabilidade. Dentro da Embrapa há um projeto para certificar a carne suína com requisitos reconhecidos internacionalmente sustentáveis.

“A suinocultura brasileira é sustentável, mas ainda não tem como comprovar sua sustentabilidade, por não ter uma metodologia para medir. Apresentei a ideia de um projeto, a ser desenvolvido nos próximos cinco anos na Embrapa que traz um ou mais softwares para que possamos reconhecer fatores de sustentabilidade de cada granja, de cada empresa e assim por diante. Pensamos em um certificado atrelado ao rótulo do produto, como a proposta do Passaporte Verde na bovinocultura”

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