No que depender dos produtores, o Feijão-carioca sairá das câmaras por, no mínimo, R$ 240/250. A coloração varia entre 8 e 8,5, com poucos lotes atingindo qualidade superior. A maioria desse Feijão já está armazenada há sete meses. Quanto ao cozimento e ao caldo, a maior parte dos empacotadores não identifica diferenças relevantes.
Não são apenas os produtores que precisam dessa correção de preço, mas os empacotadores também. Vender Feijão abaixo de R$ 6,50/7,00 nas prateleiras, para muitos, significa simplesmente “trocar seis por meia dúzia”. No entanto, vale a dica: quando os compradores buscarem ofertas, ajuste o preço e venda. Aproveite esses momentos para manter um fluxo constante de vendas.
Apesar de a segunda safra ser menor do que o esperado pela CONAB, o período entre março e maio tem sido, historicamente, o melhor momento para vender.
Argentina
Ontem, conversei com cerealistas e produtores da Argentina, especialmente da região de Salta. O clima não vem ajudando: faltam chuvas e as altas temperaturas começam a alterar fortemente as expectativas recentes. Eles já não esperam mais do que 1.200 a 1.300 quilos por hectare. Assim como no Brasil, há divergências quanto à estimativa de área plantada, mas alguns desses exportadores têm uma visão bastante precisa da situação. A área efetiva de plantio de Feijão-preto deverá ser menor do que os 200 mil hectares inicialmente comentados.