O Brasil exportou 40.377 toneladas de Feijão-Preto entre janeiro e junho de 2025, um aumento de 22% em comparação com as 32.931 toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado. Esse crescimento no volume demonstra a competitividade do Feijão brasileiro no mercado externo. Contudo, apesar do aumento nas exportações, os preços médios de exportação estão aproximadamente 54% menores do que em 2024.
Essa queda significativa nos preços explica a percepção de um mercado mais calmo e pressionado, mesmo com o aumento das exportações. Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão as melhores safras no México e na América Central, que diminuíram a necessidade desses compradores importarem Feijão do Brasil. A Venezuela, com cerca de 25% do volume exportado de Feijão-Preto, volta a ser a maior importadora este ano.
O resultado geral reflete a maior oferta no mercado em comparação com o ano passado, o que, obviamente, contém os preços, mesmo diante de uma demanda razoável. Para os produtores e exportadores brasileiros, o desafio no segundo semestre será negociar em um ambiente internacional complexo, com turbulências em diversas frentes, a começar pelo câmbio. Será crucial acompanhar de perto as colheitas dos países do hemisfério norte. O FeijãoCarioca manteve a referência de R$ 200 em Goiás e Minas Gerais para os Feijões nota 9 ou superior.