Enquanto o mercado de Feijão-carioca manteve ritmo lento de negócios, com preços entre R$ 210 e R$ 220 nas principais praças produtoras, o ABC Feijão 2025 trouxe um dos temas mais relevantes do momento: o manejo sustentável da mosca-branca. Mais de 600 produtores, técnicos e consultores acompanharam a palestra da Dra. Eliane Quintela (Embrapa Arroz e Feijão), que apresentou avanços concretos para o controle da praga.
O destaque foi o bioinseticida Lalguard Java, formulado a partir do fungo Cordyceps javanica. Com eficácia de até 100% no controle de ninfas em cinco dias, o produto mostrou-se eficiente mesmo sob baixa umidade, sem afetar inimigos naturais e compatível com mais de 30 defensivos comerciais.
Essa tecnologia integra-se ao MIP-Feijão, um modelo de manejo que, além de preservar a produtividade, já reduziu em até 89% os custos com controle de pragas em municípios como Cristalina e Santa Helena (GO). A base está no monitoramento rigoroso e no uso criterioso de inseticidas — uma abordagem que reduz aplicações desnecessárias e traz economia ao produtor.
Outra medida eficaz é o vazio sanitário, adotado em 57 municípios de Goiás, entre 20/09 e 20/10. A eliminação total das plantas de Feijão nesse período tem interrompido o ciclo da praga e reduzido significativamente a incidência de viroses.
Por fim, foi reforçada a importância da rotação de princípios ativos para evitar resistência e da aplicação correta dos biológicos. Com formulação prática e ampla adaptabilidade ao Cerrado, o Lalguard Java é uma ferramenta robusta e segura, alinhada às exigências do mercado consumidor por alimentos sustentáveis.
O Clube Premier seguirá acompanhando a adoção dessas soluções no campo. A tecnologia está posta — cabe agora ao produtor aplicá-la com precisão. Informação bem aplicada é o insumo mais valioso de 2025.