Os principais modelos meteorológicos — americano e europeu — convergiram em suas projeções e indicam uma melhora na distribuição das chuvas nos próximos dias em várias regiões do Brasil. Após um início de outubro ainda marcado por irregularidades, as precipitações começaram a retornar com maior intensidade, especialmente no interior de São Paulo e em partes do Centro-Oeste.
Essa mudança no padrão climático deve acelerar o ritmo do plantio de grãos, que vinha mais lento por causa da falta de umidade no solo. No caso de culturas perenes como o café e a laranja, a expectativa é que a melhor consistência e a boa distribuição das chuvas contribuam para a uniformidade das floradas.
Foto: Divulgação/Arquivo OPR
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou a atuação do fenômeno La Niña, com transição do estado neutro observada em setembro. A previsão é que o fenômeno se mantenha até o início de 2026, com impactos variados sobre o clima brasileiro.
Historicamente, a La Niña traz chuvas mais regulares para o Centro-Oeste e parte do Sudeste, o que tende a favorecer o desenvolvimento inicial da soja nessas regiões. Em contrapartida, o Sul do país requer atenção redobrada, já que o fenômeno costuma estar associado a períodos de estiagem, sobretudo no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina.
Apesar disso, os modelos atuais apontam para uma La Niña de fraca intensidade, o que reduz o risco de estiagens severas. As projeções indicam volume acumulado de chuvas suficiente para garantir boa produtividade na safra, inclusive no Rio Grande do Sul. As atualizações meteorológicas seguirão sendo monitoradas nos próximos meses.
