Clima adverso ameaça safra de soja no Rio Grande do Sul

 A safra de soja no Brasil pode enfrentar desafios nos próximos meses devido às condições climáticas. De acordo com a publicação de janeiro da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), o fenômeno La Niña tem mais de 80% de chance de persistir até março e 59% entre fevereiro e abril, impactando diretamente o regime de chuvas e temperaturas no país.

No Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores, a atuação da La Niña pode provocar chuvas irregulares, reduzindo a disponibilidade hídrica em momentos críticos para o desenvolvimento da cultura. Além disso, a previsão indica temperaturas acima da média nos próximos dois meses, o que pode intensificar o estresse térmico nas lavouras. “A combinação de déficit hídrico e calor extremo pode comprometer o enchimento de grãos, reduzir o potencial produtivo e impactar a qualidade da colheita”, alerta Luiz do Carmo, meteorologista da AtmosMarine.

Para mitigar esses impactos, os produtores podem adotar estratégias como o uso de cultivares mais resistentes ao calor e à seca, práticas de manejo do solo para retenção de umidade e o monitoramento constante de pragas e doenças. “Diante de um cenário climático desafiador, informações meteorológicas precisas se tornam essenciais para a tomada de decisão no agronegócio”, ressalta o especialista.

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