Arroz – 7,1% colhido
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Sul: No Rio Grande do Sul, especialmente na Depressão Central e parte da Fronteira Oeste, as lavouras passam por períodos de irrigação intermitente devido ao baixo volume de chuvas. No entanto, de maneira geral, a condição das plantações permanece favorável, com boa sanidade e alto vigor das plantas. Atualmente, 3% das áreas já foram colhidas, enquanto 19% estão em fase de maturação. Em Santa Catarina, o clima seco e ensolarado tem beneficiado as lavouras, que apresentam boa sanidade. A colheita segue em andamento, mantendo um ritmo satisfatório. No Paraná, a maior parte das lavouras está nas fases de enchimento de grãos e maturação, com 50% da área já colhida. No entanto, algumas lavouras tiveram redução no potencial produtivo devido a inundações registradas na região Noroeste do estado.
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Centro-Oeste: Em Goiás, as primeiras lavouras semeadas já foram colhidas, registrando bons rendimentos, enquanto novos plantios estão sendo realizados em áreas com irrigação por pivô central. No Mato Grosso, as lavouras apresentam boa condição fitossanitária, e as áreas colhidas têm registrado produtividades satisfatórias.
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Norte e Nordeste: No Maranhão, a semeadura das lavouras de sequeiro está em progresso. Já as áreas irrigadas estão praticamente finalizadas, com a colheita quase concluída. No Tocantins, as lavouras estão em diferentes estágios fenológicos, com a maioria das áreas passando pelas fases de enchimento de grãos e maturação. Em algumas regiões, a colheita já foi iniciada.
Feijão – 1ª safra (52,1% colhido)
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Sul: No Paraná, a colheita está praticamente concluída, restando apenas cerca de 1% da área total ainda em fase de maturação. Em Santa Catarina, o retorno das chuvas em diversas regiões melhorou as condições das lavouras mais tardias, que ainda estão em desenvolvimento vegetativo e floração, após um período de restrição hídrica. Em relação à colheita, aproximadamente dois terços da área já foram colhidos. No Rio Grande do Sul, a colheita continua, com destaque para a região Oeste, onde está próxima da conclusão. No entanto, há preocupação com as lavouras mais tardias, especialmente no Planalto Superior, que vêm sendo impactadas pela escassez de chuvas e pelas altas temperaturas.
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Sudeste e Centro-Oeste: Em Minas Gerais, a colheita está próxima da fase final, com lavouras de boa qualidade e alto rendimento, especialmente no Sul do estado. No entanto, algumas áreas do Triângulo e do Noroeste tiveram maior perda de qualidade devido ao excesso de chuvas durante parte do período de maturação. Em Goiás, a colheita foi finalizada na última semana. No entanto, alguns lotes registraram maior incidência de defeitos nos grãos devido ao excesso de umidade durante a colheita.
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Nordeste: Na Bahia, a colheita continua avançando, com lavouras no Oeste do estado apresentando boa qualidade e grãos bem desenvolvidos. No entanto, a redução das chuvas no Centro-Sul e a quase ausência de precipitação no Centro-Norte têm causado estresse hídrico nas lavouras dessas regiões.
Milho – 1ª safra (21,1% colhido)
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Sul: No Rio Grande do Sul, as chuvas, embora em volumes reduzidos, ajudaram a amenizar o estresse hídrico e térmico, especialmente nas lavouras mais precoces. No Paraná, as chuvas ocorreram de forma mais esparsa, favorecendo as operações de colheita, que já atingiu aproximadamente dois terços da área total.
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Sudeste e Nordeste: Em Minas Gerais, as lavouras continuam apresentando ótimas condições. Na Bahia, a colheita teve início recentemente na região Oeste. Nas demais áreas, o desenvolvimento das lavouras é bastante heterogêneo, com perdas de vigor mais significativas no Centro-Norte devido à estiagem.
Milho – 2ª safra (35,7% semeado)
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Sul: No Paraná, as chuvas mais esparsas proporcionaram condições favoráveis para a semeadura, que já se aproxima da metade da área total prevista.
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Centro-Oeste: Em Mato Grosso, o plantio tem ganhado ritmo, sendo realizado sob condições climáticas favoráveis. Em Mato Grosso do Sul, a boa umidade no solo tem favorecido a germinação e a emergência da cultura. Em Goiás, as chuvas intercaladas com períodos de tempo firme e quente têm beneficiado tanto a semeadura quanto o desenvolvimento inicial das lavouras.
Soja – 25,5% colhido
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Sul: No Rio Grande do Sul, apesar das chuvas registradas, o déficit hídrico continua, agravado pelas altas temperaturas. No Paraná, as precipitações foram menos volumosas, favorecendo um avanço maior da colheita e proporcionando melhores condições para a secagem natural dos grãos. Em Santa Catarina, a colheita foi recentemente iniciada em pequenas áreas com variedades mais precoces. O retorno das chuvas ajudou a mitigar o estresse hídrico e térmico.
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Sudeste: Em Minas Gerais, o clima permaneceu predominantemente seco, favorecendo o avanço da colheita.
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Centro-Oeste: Em Mato Grosso, as chuvas foram menos volumosas, permitindo um bom avanço da colheita, que já se aproxima da metade da área total. Em Goiás, algumas áreas, especialmente no Sul, precisaram interromper a colheita devido às chuvas. No entanto, de modo geral, os trabalhos avançaram sem prejuízos significativos na qualidade dos grãos. Em Mato Grosso do Sul, a colheita continua progredindo, embora com algumas limitações devido às chuvas. Além disso, as lavouras mais tardias têm enfrentado forte pressão de mosca-branca e percevejo.
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Nordeste: Na Bahia, apesar da presença de focos de ferrugem asiática, não há registros de perda de potencial produtivo. No entanto, as chuvas durante a maturação têm causado danos e afetado a qualidade dos grãos colhidos. No Maranhão, a colheita está concentrada principalmente na região Sul, enquanto nas demais áreas as lavouras encontram-se em diferentes fases fenológicas, incluindo áreas ainda em semeadura.
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Norte: No Tocantins, a colheita avançou bem e já supera um terço da área total. Além disso, houve o retorno das chuvas, embora em volumes mais baixos. No Pará, o plantio foi concluído, e as chuvas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras sem impactar negativamente a colheita.
Os dados são do Boletim de Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras, emitido pela CONAB (17 de fevereiro de 2025).
Previsão do tempo agrícola (18 a 24 de fevereiro)
No Sudeste, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais também sentirão o impacto das altas temperaturas, com máximas entre 36°C e 40°C, e sensação térmica ainda maior devido à umidade elevada.
No Centro-Oeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul enfrentam calor intenso, com temperaturas de 40°C, mantendo o desconforto térmico.
No Nordeste, a Bahia, Pernambuco e Paraíba também devem sofrer com temperaturas bastante elevadas, com noites abafadas e sensação térmica elevada.
No Sul, o calor volta com força a partir de sexta-feira (21), principalmente no Rio Grande do Sul, onde as temperaturas novamente podem chegar aos 40°C e esse calor se mantém firme durante o fim de semana.
Chuvas mais significativas no Norte e parte do Nordeste
No Norte, as chuvas seguem intensas, especialmente no Pará e Amazonas, devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e aos efeitos da termodinâmica, como calor, umidade e circulação local, que favorecem a formação de chuvas nessas regiões. Chuvas mais intensas podem atingir o Tocantins e Maranhão entre os dias 21 a 24 de fevereiro.
Frente fria no Sul traz chuvas irregulares
Com a chegada de uma frente fria entre hoje (18) e quarta-feira (19/02), trará chuvas para o sul do país. Porém, o sistema não vai conseguir avançar muito devido a uma alta pressão no Sudeste, que deixa o tempo seco por lá. Já entre quarta-feira (19/02) e a manhã de quinta-feira (20/02), essa alta pressão vai continuar impedindo o avanço das chuvas pela costa do Sudeste. No Sul do país, um novo sistema transitório vai manter as chuvas até o fim de semana.
Umidade do solo e impactos na produção
Devido às chuvas registradas no Norte, em parte do Mato Grosso, no Sul e em algumas regiões de Minas Gerais, os solos permanecem com boa umidade, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Por outro lado, no Mato Grosso do Sul, no Oeste de São Paulo e na Bahia, a falta de chuvas tem resultado em solos mais secos, exigindo maior atenção dos produtores quanto ao manejo hídrico das lavouras.
Impacto na segunda safra de milho
No Paraná, as chuvas esparsas favoreceram a semeadura, que já se aproxima da metade da área prevista.
As condições climáticas no Centro-Oeste devem beneficiar tanto a colheita da soja quanto a semeadura da segunda safra de milho, já que a previsão indica volumes reduzidos de chuva. As menores precipitações são esperadas no Leste de Goiás, enquanto o Noroeste de Mato Grosso deverá registrar os maiores acumulados.