Conversando com um produtor que tem Feijão armazenado da safra irrigada do ano passado, ele comentou que seguirá aguardando uma melhora do mercado entre o final de março e o final de abril, pois seu produto, de cultivares como IAC 2051 e Dama, mantém excelente cor. No entanto, expressou profunda preocupação com o plantio futuro da área irrigada deste ano. Ele acredita que nunca se venderam tantos pivôs como nos últimos cinco anos. Essa preocupação é hoje comum entre os produtores do setor.
Há indicações de que pode estar se formando uma tempestade mais à frente, com uma grande terceira safra de Feijão-carioca. Sobre essa séria ameaça, que pode resultar em um excesso de oferta no mercado, os produtores refletem que, além do Feijão-carioca, não veem muitas alternativas viáveis para a área irrigada. Os levantamentos da Conab têm se mostrado menos confiáveis a cada ano.
Em uma reunião realizada com os pesquisadores do IAC, Dr. Sergio Carbonell e Dr. Alisson Chiorato, durante a feira Gulfood, em Dubai, e com o diretor comercial Roman Kutnowski, da Chippewa Valley Bean Company — um dos mais destacados produtores de Feijão-vermelho dos Estados Unidos e ex-diretor de marketing do GPC (Global Pulse Confederation) —, ele comentou, entre outros temas, que, como os produtores americanos utilizam 100% de novas sementes a cada safra, fica mais fácil saber qual é a área planejada para o plantio e a efetivamente cultivada. A partir disso, fazem as projeções que orientam o setor.
Diante das mudanças que vêm ocorrendo e do cenário que está se formando no Brasil, convidaremos os membros do Clube Premier para uma reunião online no dia 25 de fevereiro, às 16 horas, a fim de analisar como o grupo pode reagir a essa possibilidade e que direção tomar para atenuar os riscos.