Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificam suas baixas no pregão desta quarta-feira (26), dando sequência ao seu movimento de realização de lucros e ajustes antes dos novos dados que serão reportados nesta semana. Perto de 13h10 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 8 e 9,25 pontos, com o maio valendo US$ 10,39 e o julho, US$ 10,54 por bushel.
“Sem novidades fundamentais, Chicago é pressionada pelo avanço da colheita no Brasil e pela perspectiva de chuvas favoráveis na Argentina”, afirma a Pátria Agronegócios em seu informe diário. “E o mercado aguarda números do Outlook Fórum, o que impede quedas mais profundas”.
As expectativas são de que haja um aumento de área destinada ao cultivo do milho e uma redução na soja, dada a relação dos preços entre ambas as culturas e o retorno financeiro que as duas têm oferecido ao produtor americano. Números levantados pela Pátria Agronegócios apontam uma redução de até 3 milhões de hectares no cultivo da soja, o que poderia elevar a área de milho em até 3 milhões.
CHUVAS NA ARGENTINA
As chuvas que comecem a aparecer nos mapas climáticos para a Argentina nos próximos dias pesam sobre as cotações, bem como as condições melhores para o avanço da colheita nos campos brasileiros.

“O modelo GFS, gerado nessa manhã, de modo geral aponta para os próximos 10 dias na Argentina, acumulados intensos em Buenos Aires, La Pampa e no sul de Córdoba e Santa fé, podendo atingir 280 mm, enquanto a região central do país deve registrar volumes moderados. No Brasil, há tendência de seca para o norte e oeste do RS, bem como em toda a extensão de SC, PR, SP, MG e BA. Acumulados leves a moderados são esperados no MT, MS, GO, TO e PI. No MA, TO e norte do MT é esperado acumulados intensos”, informou o Grupo Labhoro nesta quarta-feira.