A safra de grãos 2025/2026 no Paraná tem potencial para ser uma das maiores da história, segundo relatório de safra publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), nesta quinta-feira (25).
Com as colheitas de inverno ocorrendo de forma satisfatória, a projeção é de uma produção em torno de 46 milhões de toneladas neste ciclo. Esse volume supera a safra 2023/2024 (38,48 milhões de toneladas) e também o recorde registrado em 2022/2023 (45,48 milhões de toneladas).
De janeiro a agosto, o Paraná exportou 1,97 milhão de toneladas de milho, frente a 756,6 mil toneladas no mesmo período de 2024. As vendas renderam US$ 433 milhões, o equivalente a R$ 2,4 bilhões. O principal destino do milho paranaense foi o Irã, que adquiriu 45% do total. Em seguida aparecem o Vietnã (17%) e a Turquia (8%).
No cenário nacional, porém, o movimento foi contrário: as exportações brasileiras de milho no acumulado de janeiro a agosto somaram 15,75 milhões de toneladas, queda de 12% em relação a igual período de 2024.
Pecuária

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A Pesquisa da Pecuária Municipal, do IBGE, mostrou que em 2024 o número de vacas ordenhadas no País caiu 15,56%. No Paraná, a redução foi de 1,17 milhão para 1,14 milhão de animais. Mesmo assim, a produção de leite avançou, chegando a 3,9 bilhões de litros contra 3,6 bilhões no ano anterior, resultado do aumento da produtividade com melhorias genéticas, nutricionais e de manejo.
Enquanto o rebanho leiteiro diminuiu, o suíno cresceu. O Estado conta hoje com cerca de 7,3 milhões de cabeças, o que representa 16,6% do plantel nacional. Em relação a 2023, houve alta de 5,35% (366 mil animais). Santa Catarina segue líder com 9,3 milhões de suínos, seguido por Paraná, Rio Grande do Sul (6,2 milhões) e Minas Gerais (5,7 milhões). Entre os municípios, Toledo lidera com 950 mil cabeças, seguido por Uberlândia (MG), Marechal Cândido Rondon (PR), Concórdia (SC) e Tapurah (MT).
Avicultura
A exportação paranaense de ovos, entre janeiro e agosto deste ano, alcançou 4.373 toneladas, segundo a Agrostat Brasil/MAPA, garantindo ao Estado a quarta posição no ranking nacional. O Brasil exportou 42.953 toneladas no período, alta de 50,9% em relação a 2024.
Os Estados Unidos seguem como principais compradores, com 19.437 toneladas e receita de US$ 41,4 milhões. No total, considerando apenas ovos de consumo (in natura e processados), as exportações brasileiras somaram 32.303 toneladas, um crescimento de 192,2% frente às 11.057 toneladas do ano passado.
Segundo o Deral, em agosto as exportações brasileiras de ovos somaram 2.129 toneladas, ante 1.239 toneladas no mesmo mês de 2024, com receita de US$ 5,7 milhões contra US$ 3,0 milhões no ano anterior. A redução das vendas para os EUA reflete o tarifaço imposto pelo governo norte-americano. Por outro lado, o Brasil retomou negócios com Emirados Árabes Unidos e México, além de ampliar embarques para Japão e Chile.