O mercado de grão voltou a registrar boas altas na tarde desta terça-feira (4) na Bolsa de Chicago. Entre os futuros da soja, por volta de 14h50 (horário de Brasília), as altas variavam entre 10 e 13,75 pontos. Assim, o maio tinha US$ 10,85 e o julho, US$ 10,98 por bushel. Os ganhos de mais de 1% acompanhavam um movimento semelhante entre os preços do milho e do trigo, com este primeiro liderando os ganhos na CBOT.
Segundo explica o time da Agrinvest Commodities, os preços sobem motivados por uma combinação entre o dólar recuando – incluindo frente ao real, com baixa de 0,8% para R$ 5,77 – e o clima preocupando na América do Sul.
“Na Argentina vai continuar muito quente e com poucas chuvas. Já estão falando em 45 milhões de toneladas para a atual safra, segundo os corretores. No Brasil, temos clima seco e quente no Rio Grande do Sul e volta da chuvarada no Mato Grosso e Goiás. A colheita continua lenta, assim como o plantio do milho”, traz a consultoria.
A nova fase da guerra comercial já iniciada pelo presidente americano Donald Trump também está na conta. As tarifas impostas sobre o México e o Canadá, no último sábado (1), foram suspensas e os países negociarão com os EUA por um mês. Já as taxas impostas à China foram mantidas e a nação asiática anunciou, nesta madrugada, sua retaliação, com alíquotas de 10% a 15% sobre os produtos americanos.
Os movimentos já vinham sendo esperados pelos mercados e, por isso, as reações do mercado acabam sendo limitadas até este momento. Como explicam analistas e consultores de mercado, agora será importante esperar quais os próximos passos de ambos os chefes de estado e os impactos disso para os mercados, na prática.