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Altas de quase 2% da soja em Chicago puxam preços também nos portos do Brasil e negócios avançam nesta 2ª

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A disparada da soja na Bolsa de Chicago continuou e os preços encerraram os negócios desta segunda-feira (12) com quase 2% de alta, refletindo a combinação do acordo firmado entre China e Estados Unidos com o relatório altista divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os futuros da oleaginosa subiram entre 19,50 e 25,75 pontos, levando o julho a US$ 10,71 e o setembro a US$ 10,52 por bushel. 

O mercado veio subindo desde a madrugada desta segunda-feira, com a notícia de que China e EUA reduziriam suas tarifas por 90 dias e criariam um mecanismo para as próximas negociações, garantindo que as duas maiores economias mundiais não rompam de vez suas importantes relações comerciais. Os detalhes do encontro que aconteceu neste final de semana na Suíça foram comunicados neste início de semana e foram a faísca pela qual o mercado esperava. 

Mais tarde, os traders receberam o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA, com a atualização dos números da safra 2024/25 e as primeiras projeções para a safra 2025/26. Os dados deixaram evidente, mais uma vez, que a nova safra de soja dos Estados Unidos contará com uma área menor, com estoques ainda ajustados – estimados em pouco mais de 8 milhões de toneladas – porém, com o quadro global ainda apontando para uma demanda intensa. O USDA estimou a importações de soja da nova temporada em 112 milhões de toneladas, além de ter elevado suas estimativas para as exportações e o esmagamento norte-americanos. 

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No entanto, como explicou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, em entrevista ao Notícias Agrícolas, os preços da soja na Bolsa de Chicago receberam com otimismo o boletim do USDA, porém, “os preços da soja e do milho não subiram depois do relatório e o mercado fechou no trade range que já havia feito de manhã, basicamente. Então, o relatório parece não ter trazido um incremento dos preços, pelo menos até agora. Na minha opinião, o supply demand deu um certo suporte, mas foi incapaz de fazer novas altas e sustentar o mercado nestas novas altas. Vamos ver como fica amanhã, no tradicional ‘turnaround tuesday’, como o mercado vai se comportar. Se terá sequência nestas altas, ou se vai esperar o clima americano, temos ainda tudo isso”.

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, o repique em Chicago ajudou a puxar os preços também, em especial nos portos. Os ganhos foram combinados com uma alta do dólar – que fechou com mais de 0,5% de alta e valendo R$ 5,69 – o que levou os indicativos a testarem valores de R$ 140,00, R$ 141,00 nos portos para o início do segundo semestre. Na contramão, os prêmios cederam frente ao avanço na CBOT.

“No mercado interno saíram bastante negócios. O produtor aproveitou que o dólar se recuperou, voltou para os níveis dos R$ 5,70, e com as altas de 20 centavos em Chicago, ele aproveitou e vendeu, e fez muito bem, na minha visão. É um momento muito oportuno de se vender e não ficar em cima do muro esperando o que vai acontecer lá na frente. Pode acontecer algo diferente, o clima pode mudar a frente, mas por enquanto não temos nada em especial que dê suporte aos preços”, detalha Sousa. 

O especialista reforça ainda que o mercado também precisa considerar que, apesar do início das negociações entre China e EUA, a soja americana ainda está tarifada em 30%, o que inviabiliza as compras. “Sazonalmente a China não compra nos EUA nesta época, só a partir de outubro, menos ainda com os 30%”, diz. 

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