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Anec vê mais soja e menos milho do Brasil na exportação este mês; agosto abaixo do esperado

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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – As exportações de soja do Brasil deverão atingir 6,75 milhões de toneladas em setembro, um aumento ante as 5,16 milhões observadas em igual período do ano passado, estimou nesta quinta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Mas o volume da oleaginosa ficará abaixo do total exportado em agosto, que por sua vez terminou com exportações de soja, farelo e milho inferiores às expectativas divulgadas na semana passada.

Entretanto, a Anec reafirmou o recorde da exportação de soja, um dos principais produtos exportados pelo Brasil, previsto para este ano.

“Entre outubro e dezembro, a expectativa é de embarcar cerca de 16 milhões de toneladas, consolidando a projeção de um volume recorde de 110 milhões de toneladas em 2024”, disse a Anec, em relatório.

O total esperado supera com folga o volume de 2024 (97,3 milhões de toneladas), após a colheita de uma safra recorde, e também contando com a ajuda da China, que “ainda não retomou as compras de soja americana devido às tarifas, mantendo suas aquisições concentradas no Brasil e na Argentina”, disse a Anec.

Em agosto, a China tomou 84% do total das exportações brasileiras de soja, versus 75% da média dos últimos quatro anos;

Já para o milho, os embarques do Brasil em setembro foram vistos em 6,37 milhões de toneladas em setembro, versus 6,56 milhões um ano antes e 7,3 milhões em agosto, em um ano em que a China está mais ausente nas importações do cereal brasileiro, notou Anec, apesar de ter citado alguma retomada das compras dos chineses no mês passado.

Na véspera, o Rabobank citou que o milho brasileiro tem sofrido “forte concorrência” do cereal dos EUA, que projeta uma safra recorde em 2025, o que tem limitado o ritmo das vendas externas do Brasil.

Geralmente, o milho tende a ganhar maior destaque do que a soja no segundo semestre, quando uma boa parte da oleaginosa já foi exportada.

A Anec projetou um crescimento anual das exportações brasileiras de farelo de soja no mês, para 1,94 milhão de toneladas, ante 1,62 milhão em setembro de 2024 e 1,97 milhão em agosto.

Os embarques de farelo de soja, além do milho e da soja, ficaram abaixo das expectativas em agosto.

Na semana passada, a Anec havia indicado que as exportações dos três produtos, somadas, poderiam atingir um recorde de cerca de 18,83 milhões de toneladas em agosto. Mas acabaram encerrando o mês de agosto em 17,4 milhões de toneladas.

Para setembro, a projeção para esses produtos é de pouco mais de 15 milhões de toneladas, o que traz algum alívio para as estruturas logísticas, após mais de 18 milhões de toneladas em julho.

(Por Roberto Samora; com reportagem adicional de Letícia Fucuchima e Gabriel Araujo)

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