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Baixa umidade do solo limita a semeadura da soja no país, aponta EarthDaily

Apesar das chuvas registradas nos últimos dez dias em parte do Sul, do Sudeste e Centro-Oeste, a umidade do solo ainda permanece abaixo da média em importantes regiões produtoras. “Esse déficit tem mantido o ritmo lento da semeadura, sobretudo no Centro-Oeste e no MATOPIBA, onde muitos produtores aguardam condições mais favoráveis para garantir o estabelecimento das lavouras”, avalia Felippe Reis, analista de cultura da EarthDaily, empresa especializada no monitoramento de áreas agrícolas com uso de dados de satélite.

Em Mato Grosso, as chuvas retornaram no início da segunda quinzena de setembro. Entretanto, os volumes previstos para os próximos dias tendem a ser menores, o que pode restringir a recuperação hídrica no curto prazo. Em Goiás, após as chuvas da última semana, a previsão aponta o retorno da seca nos próximos 14 dias, cenário que pode manter desacelerado o ritmo do plantio no início de outubro.

No Mato Grosso do Sul, do Centro ao Norte do estado, houve registro de chuvas recentes, mas os volumes foram considerados muito baixos para a época. Segundo o modelo europeu (ECMWF), a tendência é de manutenção da seca nessas áreas.

No Paraná, por sua vez, a forte chuva registrada em 22 de setembro trouxe preocupação momentânea, mas a previsão indica precipitações mais brandas nos próximos dias, condição favorável para evitar encharcamento das lavouras de trigo e garantir germinação uniforme das culturas de verão.

Felippe Reis explica que, em áreas no Sudeste e Centro-Oeste, os volumes variaram entre 30 mm e mais de 100 mm nos últimos dez dias. Porém, na região Sul as precipitações superaram 200% da média histórica, elevando a umidade do solo e favorecendo o plantio da soja e do milho da safra verão.

 Impactos em outras culturas

As chuvas também afetaram a colheita de cana-de-açúcar. Na macrorregião de Ribeirão Preto, por exemplo, o acumulado de quase 12 mm foi suficiente para interromper temporariamente as operações de campo. A previsão, no entanto, indica o retorno do tempo seco, o que deve favorecer a retomada das atividades agrícolas.

Para o curto prazo, tanto o modelo europeu ECMWF quanto o americano GFS indicam chuvas abaixo da média na maior parte do país, com exceção de áreas do Nordeste. Em relação às temperaturas, há divergência entre os modelos: enquanto o ECMWF indica registros próximos à média, o GFS prevê calor acima do normal no Centro-Oeste, Norte e parte do Nordeste. Essa condição pode intensificar a evapotranspiração e agravar a perda de umidade do solo em regiões já afetadas pela seca.

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