Dezembro marcou a sétima queda seguida para os preços do farelo de soja na CBOT. Já o óleo registrou queda após 3 meses de elevação nas cotações. No mercado doméstico, o movimento foi de valorização para os dois produtos, com a boa demanda interna. Os Estados Unidos voltaram a registrar nível recorde de esmagamento de soja em novembro.
O farelo caiu quase 1% (-0,7%) no último mês do ano, ultrapassando a marca de um semestre seguido com redução dos preços internacionais. Na CBOT, o farelo fechou 2024 cotado em USD 290/t, menor média mensal desde agosto de 2020. Em relação à 2023, os preços do farelo cederam 23%, refletindo um quadro de maior oferta e aumento dos estoques internacionais. O óleo de soja também caiu na CBOT, 8%, voltando para USDc 41/lb, próximo à média de setembro de 2024. Além da boa oferta, com bons números de esmagamento nos Estados Unidos, o derivado acompanhou a queda registrada para os preços de óleo de palma.
No Brasil, o farelo de soja fechou dezembro com alta de 2,1% em Rondonópolis, cotado em R$ 1.944/t enquanto o óleo de soja, também no Mato Grosso, valorizou 3,9%, para R$ 6.152/t. O óleo de soja registrou avanço em praticamente todos os meses do ano (exceto fevereiro e março) influenciado, principalmente, pela forte demanda interna das indústrias de biodiesel, uma vez que a mistura obrigatória passou de 12% para 14% em março do ano passado. Já o farelo fechou o ano com queda de 15% em Rondonópolis ante a média de 2023.
Segundo a NOPA, em novembro, as indústrias dos Estados Unidos processaram 5,3 MM t de soja, representando recorde para o mês, diante da maior oferta de soja e da queda dos preços do grão, favorecendo as margens de processamento. Desde setembro o processamento de soja vem batendo recordes, acumulando, até novembro, um total de 15,5 MM t, contra 14,8 MM t de set a nov de 2023