USDA eleva produção da Argentina em 2024/25. Revisamos nossa projeção de produção do Brasil para 170,1 MM t em 2024/25. A colheita já iniciou em algumas áreas do país, porém ainda em ritmo lento. Com a grande colheita de soja, esperamos exportações da ordem de 105 MM t em 2024/25, o que seria um recorde para os embarques.
Fotos: Jaelson Lucas
No relatório de dezembro, o USDA manteve o número de produção dos EUA (121,4 MM t) e a projeção para a colheita do Brasil (169 MM t), porém, elevou a expectativa de produção da Argentina para 52 MM t, 1 MM t acima do projetado em novembro e 4 MM t acima da safra 2023/24. Com isso, a América do Sul deve colocar 20 MM t a mais de soja nomercado em relação à safra anterior.
Diante do bom contexto climático para o desenvolvimento da safra nacional até este momento, revisamos nossa projeção de produção de soja do Brasil de 167 MM t para 170,1 MM t (+1,9%), com melhores perspectivas para a produtividade média. Contudo, vale ressaltar que o clima segue no radar, com possibilidade de excesso de chuva no final do ciclo e colheita da safra na região central do Brasil, ao mesmo tempo em que o calor e o tempo seco no Sul do país começam a acender um sinal amarelo para o potencial das lavouras no Rio Grande do Sul.
Apesar de algum atraso no plantio, com a demora no estabelecimento das chuvas, a colheita da soja já iniciou em algumas partes do Mato Grosso, com 0,5% dos campos colhidos, segundo a Conab. O elevado volume de chuvas no Estado ainda limita um maior avanço da colheita, mas favorece o desenvolvimento da cultura. Vale lembrar que o plantio de soja do MT foi concentrado na segunda quinzena de outubro, o que deverá resultar em uma colheita acontecendo, majoritariamente, entre 26/jan e 16/fev. Com a confirmação de uma safra de cerca de 170 MM t, teremos capacidade de suportar o crescimento esperado para o mercado interno (B15) e uma exportação de 105 MM t, renovando o recorde da safra 2022/23, de 101,8 MM t.
