BUENOS AIRES (Reuters) – A colheita de soja da Argentina, que já estava atrasada, foi paralisada ainda mais, disse o meteorologista German Heinzenknecht nesta terça-feira, após fortes chuvas e alta umidade nas principais regiões agrícolas do país.
Os esforços de colheita no maior exportador mundial de óleo e farelo de soja já tinham sido atrasados pelas fortes chuvas em março e no início de abril, fazendo com que as vendas de grãos atingissem o ritmo mais lento em 11 anos.
“A colheita parou”, disse Heinzenknecht, consultor especializado em agroclimatologia da Applied Climatology Consulting Firm (CCA), à Reuters.
De acordo com Heinzenknecht e dados do Serviço Meteorológico Nacional, as principais áreas agrícolas da Argentina receberam entre 30 e 50 milímetros de chuva nos últimos dias, encerrando uma série de dias secos e ensolarados que permitiram que muitos agricultores usassem suas colheitadeiras pela primeira vez na safra.
“O trabalho de colheita não poderá ser retomado antes de sábado; é uma semana muito difícil para a colheita”, acrescentou Heinzenknecht, que explicou que mais chuva é esperada nas áreas rurais nos próximos dias, embora seja mais fraca do que as chuvas recentes.
Os últimos dados do Ministério da Agricultura da Argentina mostram que a colheita de soja 2024/25 está nove pontos percentuais atrás do ritmo da temporada passada, com 25% da área já colhida.
A produção de soja é estimada em 49 milhões de toneladas.
(Reportagem de Maximilian Heath)