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Demanda fraca pressiona mercado de farelo e óleo de soja no Brasil 

Após três meses consecutivos de queda, as cotações do farelo de soja estabilizaram em maio na Bolsa de Chicago (CBOT), encerrando o período na faixa de US$ 291 por tonelada. Ainda assim, o mercado segue sem força para retomar um movimento de alta consistente. De acordo com o boletim Agro Mensal de junho da Consultoria Agro do Itaú BBA, na primeira metade de junho o farelo ensaiou uma leve reação, sustentado pela valorização do óleo de soja.

O óleo, por sua vez, continuou subindo em maio, com alta de 2,9%, cotado a 48,92 centavos de dólar por libra-peso. O movimento reflete as expectativas de mudanças no programa de biodiesel dos Estados Unidos, que apontam para metas mais ambiciosas de mistura nos próximos anos. A possível elevação da demanda por óleo vegetal impulsiona os preços no mercado internacional.

No Brasil, o cenário é oposto. Os preços do farelo de soja recuaram 3,2% em maio e outros 2,7% na primeira quinzena de junho em praças como Rondonópolis, no Mato Grosso. A retração está ligada à oferta elevada, resultado do aumento do esmagamento de soja — e a uma demanda mais lenta no mercado interno. Segundo os dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o consumo de farelo registrou forte retração em abril.

Os números mostram que o processamento de soja no país seguiu crescendo, com 5,3 milhões de toneladas esmagadas em abril, alta de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse avanço, aliado ao menor consumo interno, contribuiu para o aumento dos estoques de farelo, que saltaram de 2,2 para 2,9 milhões de toneladas, o maior volume da série histórica da Abiove.

A demanda mais fraca pode estar relacionada à redução estimada de 4% nos abates de bovinos, suínos e aves, o que reduz o ritmo de uso do farelo na formulação das rações. Com isso, o mercado se vê pressionado

por um excedente de produto.

No caso do óleo de soja no mercado interno, também houve recuo: queda de 1,7% na parcial de junho no Mato Grosso, com o produto cotado a R$ 5.705 por tonelada. A retração é puxada principalmente pela lentidão na demanda do setor de biodiesel, que ainda não reagiu plenamente às sinalizações de aumento nas metas de mistura nos Estados Unidos.

Apesar do bom desempenho do setor de esmagamento, o mercado brasileiro enfrenta desafios com excesso de produto e uma demanda que segue aquém do necessário para sustentar os preços no curto prazo.

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