O Fórum Nacional do Trigo e Soja 2025, a 17ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale e a 44ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul foram realizados, de terça a quinta-feira (12 a 14/08), na Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo. Promovidos pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os eventos aprovaram 135 trabalhos científicos para apresentação, abordando novas cultivares, avanços tecnológicos no manejo, assim como tiveram espaço para avaliação das últimas safras e projeções para as próximas.
A Emater/RS-Ascar participou das programações, contribuindo com análises sobre as cadeias produtivas e o cenário das culturas no Estado. Segundo o diretor técnico da Instituição, Claudinei Baldissera, o trigo ocupa hoje a maior área cultivada no inverno gaúcho, com cerca de 1,2 milhão de hectares nesta safra. Ele destacou que a Emater/RS-Ascar levou ao debate informações sobre crédito rural, custo de produção, tendências de mercado e potencial de crescimento dos cereais de inverno, especialmente o trigo. “Temos espaço para ampliar o cultivo, com oportunidades cada vez mais bem posicionadas, impulsionadas por avanços da pesquisa agropecuária e pelo desenvolvimento de variedades resistentes a pragas e doenças, alinhadas às exigências do mercado”, afirmou.
Já o assistente técnico estadual na área de Culturas da Emater/RS-Ascar, Alencar Paulo Rugeri, apresentou um panorama da safra da soja nos últimos anos, incluindo aspectos de produção e preços. Ele reforçou a importância da gestão, do planejamento e do profissionalismo como pilares para a sustentabilidade da atividade. “Sem esse tripé, o produtor enfrenta mais dificuldades. E aqui, vemos que entidades e empresas compartilham essa mesma visão”, pontuou.
Ainda na terça-feira (12/08), o engenheiro agrônomo, Ronaldo Carbonari, participou de uma mesa redonda com o tema “Do potencial à potência: como tornar o trigo um grande negócio de país, representando o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz.
Para o pesquisador da Embrapa Trigo Ricardo Lima de Castro, que avaliou a realização conjunta dos eventos, a integração entre trigo e soja é estratégica. “Tivemos nos últimos anos frustrações de safra no verão pela seca e, em alguns períodos, excesso de chuva afetando o trigo. A discussão conjunta ajuda a entender a complementaridade das culturas no sistema produtivo, contribuindo para rentabilidade, sustentabilidade e resiliência diante das mudanças climáticas”, afirmou.
De acordo com os organizadores, os resultados das pesquisas apresentadas serão registrados nos anais dos eventos e na atualização das publicações com informações técnicas para o cultivo.
