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Exportação de soja do Brasil bate recorde anual já em outubro com demanda chinesa, diz Anec

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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – A exportação de soja do Brasil deverá somar 102,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro, superando os volumes registrados ao longo do ano completo de 2024 e 2023, quando o país marcou seu recorde anual, em meio a elevadas compras da China, apontou nesta quarta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Em todo o ano passado, quando a safra de soja quebrou por problemas climáticos, as exportações brasileiras atingiram 97,3 milhões de toneladas. O recorde anterior de embarques da oleaginosa do Brasil, maior produtor e exportador global, havia sido registrado em 2023, com 101,3 milhões de toneladas, segundo a Anec.

Além de ter colhido uma safra recorde de soja este ano, acima de 170 milhões de toneladas, o Brasil contou com uma demanda adicional da China, que não tem negociado com os Estados Unidos por conta da “guerra” tarifária. Os EUA são rivais dos brasileiros no mercado da oleaginosa.

“A China continua sendo o principal destino e impulsiona os embarques brasileiros: em setembro, importou 6,5 milhões de toneladas, o que representa 93% do total, mantendo uma participação historicamente elevada…”, disse a Anec.

Fiando-se principalmente no Brasil para garantir a oferta, na média de 2025 a China registrou uma participação de 79,9% nas exportações totais de soja do Brasil, ante uma média de 2021 a 2024 de 74%, segundo dados da Anec. Em 2024, a fatia chinesa foi de 76%.

As projeções para o ano foram divulgadas no primeiro relatório mensal de embarques para outubro. Neste mês, a Anec projeta embarques de 7,12 milhões de toneladas, quase 2,7 milhões de toneladas acima do registrado em igual mês do ano passado.

Para o ano, a Anec projeta 110 milhões de toneladas exportadas de soja, segundo relatório.

“Entre novembro e dezembro, outras 8 milhões de toneladas devem ser exportadas, confirmando a estimativa anual de 110 milhões de toneladas”, disse a associação.

Já os embarques de milho foram vistos em 6,0 milhões de toneladas neste mês, cerca de 380 mil toneladas superior ao volume registrado um ano antes. No ano até outubro, as exportações estão estimadas em 30 milhões de toneladas –o Brasil tem figurado como o segundo exportador global do cereal, atrás dos EUA.

Para o farelo de soja, as exportações brasileiras foram estimadas pela Anec em 1,92 milhão de toneladas, abaixo das 2,46 milhões de toneladas de outubro do ano passado. No ano, os embarques até o final deste mês deverão superar 19 milhões de toneladas, segundo a Anec.

(Com reportagem adicional de Letícia Fucuchima e Isabel Teles)

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