BUENOS AIRES (Reuters) – Os exportadores da Argentina registraram vendas em junho de 6,1 milhões de toneladas de soja e seus derivados de óleo e farelo, 22% acima da média de cinco anos de 5 milhões de toneladas, antes do aumento do imposto de exportação, informou a Bolsa de Comércio de Rosário nesta sexta-feira.
A Reuters informou na quinta-feira que, devido ao aumento de impostos que entrará em vigor em 1º de julho, as vendas de soja na Argentina dobraram em relação ao ano anterior nos primeiros 18 dias de junho, com exportações relatadas totalizando cerca de US$4 bilhões.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, e o terceiro maior exportador de soja não processada.
O governo do presidente libertário Javier Milei reduziu temporariamente em janeiro um imposto sobre as exportações de soja e seus derivados para 26% e 24,5%, respectivamente. A partir de 1º de julho, esses impostos voltarão a seus valores originais de 33% e 31%, respectivamente.
“Com o aumento das retenções (impostos de exportação), o poder de compra do setor exportador diminui. Tomando os valores atuais para os embarques em julho, o poder de compra teórico da exportação cairia 9% na soja”, disse a bolsa em um relatório.
Representantes da cadeia exportadora de soja da Argentina advertiram na quinta-feira que, após o aumento da taxa, a oferta doméstica da oleaginosa poderia se contrair, com um impacto potencial sobre as exportações do grão e seus derivados de óleo e farelo.
(Por Maximilian Heath)