O mercado da soja encerrou o dia em queda, pressionado pelo agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A soja, uma das commodities mais demandadas pelo mercado chinês, foi incluída na lista de produtos tarifados pela China, em resposta ao aumento de 10% nas tarifas sobre importações chinesas anunciado pelo governo dos EUA, que já aplicava uma taxação de 10% anteriormente.
A nova guerra comercial também envolve Canadá e México, que anunciaram retaliações bilionárias contra os EUA. Diante desse cenário, a soja foi negociada a US$ 9,85 no contrato março/25, registrando uma queda de 12,5 pontos, enquanto o maio/25 recuou para US$ 10,01, uma desvalorização de 9,75 pontos.
Durante a guerra comercial de 2018, no primeiro mandato de Donald Trump, a demanda chinesa migrou para a soja brasileira, favorecendo as exportações nacionais. Esse movimento pode se repetir, mas em um cenário logístico mais desafiador.
O Brasil terá que equilibrar a crescente demanda com limitações estruturais, incluindo fretes elevados, congestionamento nos portos e disputa por espaço no escoamento de milho, carnes e açúcar. Esses fatores podem reduzir o potencial de ganhos para o país, mesmo diante da oportunidade de ampliar sua participação no mercado chinês.