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A segunda-feira (10) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
Segundo a análise da Agrinvest, as cotações do milho e trigo acompanharam a alta da soja, sustentados pelo otimismo quanto a uma possível trégua comercial entre Estados Unidos e China e pelas medidas que buscam encerrar a paralisação do governo norte-americano.
“Nesta semana, o foco do mercado de grãos se volta aos relatórios do USDA, que serão divulgados na sexta-feira (14) e trarão as primeiras atualizações oficiais de produção de milho e soja após mais de dois meses”, apontam os analistas da consultoria.
O site internacional Barchart acrescenta ainda o papel de sustentação que vem da forte demanda internacional pelo milho dos EUA. As inspeções de exportação desta manhã mostraram um total de 1,425 milhões de toneladas de milho embarcado na semana passada, o que representa um aumento de 76,48% em comparação com a mesma semana do ano passado.
O México foi o maior comprador, com 356.355 toneladas, enquanto a Colômbia embarcou 245.302 toneladas e Taiwan, 169.675 toneladas. O total do ano comercial agora é de 13,725 milhões de toneladas (540,34 bilhões de toneladas) de milho embarcado, o que representa um aumento de 65,73% em relação ao mesmo período do ano passado.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,29 com ganho de 2,50 pontos, o março/26 valeu US$ 4,44 com alta de 2,50 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,53 com valorização de 3 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,60 com elevação de 3,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (7), de 0,59% para o dezembro/25, de 0,57% para o março/26, de 0,67% para o maio/26 e de 0,71% para o julho/26.
Mercado Externo
Já os preços futuros do milho finalizaram as atividades desta segunda-feira com movimentações no campo misto da Bolsa Brasileira (B3).
Os analistas da Agrinvest destacaram que o contrato spot de novembro teme leve alta, enquanto os contratos na curva mais longa tiveram queda, pressionados pelas baixas do dólar ante ao real.
“Com isso, o farmer selling ainda não ganhou ritmo neste início de semana. Já na última, as vendas de milho foram estimadas em 2 milhões de toneladas, o maior volume desde julho”, afirma a consultoria.
A análise da Grão Direto acrescenta que “a forte procura por parte das indústrias de etanol e ração segue sustentando os preços no mercado interno, mantendo o consumo doméstico como principal fator de firmeza nas cotações”.
Ainda olhando para o mercado interno, a consultoria relata que mercado de milho, que até recentemente operava com folga entre oferta e demanda, começa a dar peso ao atraso no plantio da soja como fator de risco relevante.
“A irregularidade das chuvas até a primeira quinzena de novembro está afetando o calendário da soja e, consequentemente, deve tirar parte do milho safrinha da janela ideal de cultivo no Centro-Oeste. Essa mudança de foco já começa a influenciar as expectativas sobre a área plantada da segunda safra e pode alterar a dinâmica de oferta mais adiante”, afirmar os analistas.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 67,80 com alta de 0,12%, o janeiro/26 valeu R$ 70,70 com queda de 0,49%, o março/26 foi negociado por R$ 72,51 com perda de 0,26% e o maio/26 tinha valor de R$ 71,70 com baixa de 0,22%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT, enquanto as valorizações apareceram apenas em Itapetininga/SP e Campinas/SP.