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SÃO PAULO (Reuters) – O plantio de soja da safra 2025/26 no Rio Grande do Sul atingiu até esta quinta-feira 14% da área projetada de 6,7 milhões de hectares, com atraso em relação à média histórica para a época, de 20%, em meio a chuvas irregulares, afirmou a Emater em boletim semanal.
“A implantação das lavouras de soja evolui de maneira desigual no Estado, em razão do prolongamento do ciclo das culturas de inverno e da irregularidade das chuvas, que causa variabilidade da umidade do solo”, afirmou a empresa de assistência técnica vinculada ao governo do Estado.
O Rio Grande do Sul, em condições normais de clima, geralmente figura entre os três principais Estados produtores de soja do Brasil, juntamente com Mato Grosso e Paraná.
Maiores avanços na semeadura ocorreram em locais de precipitações mais regulares, que propiciaram boas condições para a germinação e emergência, notou a Emater.
“Os produtores esperam precipitações generalizadas que permitam a intensificação dos trabalhos de campo e o avanço do plantio até meados de dezembro, período usual de encerramento da semeadura da cultura”, afirmou.
O Estado costuma terminar o plantio mais tarde em relação a outras regiões.
COLHEITA DE TRIGO
A colheita de trigo também está um pouco atrasada no Rio Grande do Sul, que deverá ser o principal produtor do cereal do país neste ano.
“A alternância de períodos chuvosos e temperaturas amenas ao longo de setembro e outubro sobre o Rio Grande do Sul estende as fases vegetativas e de formação de grãos do trigo, e reflete a maturação mais lenta das lavouras”, disse a Emater.
Produtores colheram 42% da área cultivada, índice inferior à média das últimas cinco safras (64%) para o mesmo período.
Mas a qualidade e os volumes estão bons.
“O quadro climático recente, caracterizado por umidade do solo elevada e satisfatória luminosidade entre os intervalos de chuva, tem favorecido as lavouras de trigo, contribuindo para o bom peso de grãos e para a uniformidade das espigas nas áreas colhidas”, afirmou.
A qualidade industrial do cereal colhido se mantém dentro dos padrões de panificação e de moagem observados nas melhores safras, disse a Emater.
(Por Roberto Samora)