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SÃO PAULO (Reuters) – A produção de soja do Brasil em 2025/26 foi estimada nesta quarta-feira em 178,76 milhões de toneladas, redução de mais de 2 milhões de toneladas na comparação com a previsão de setembro, devido à irregularidade de chuvas em algumas áreas, apontou a consultoria Safras & Mercado em relatório.
Ainda assim, a safra nacional seria recorde, crescendo 4% sobre a temporada anterior, segundo a consultoria.
Grande parte da redução na projeção ocorreu por menores produtividades na região centro-norte do país, nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba), devido às chuvas irregulares, atraso do plantio em relação a anos anteriores e, na média, perspectiva de menor potencial produtivo, afirmou a Safras & Mercado.
“Em conjunto com fatores como replantio, isso não significa uma safra perdida, apenas um potencial menor em algumas regiões desses Estados”, disse o analista Rafael Silveira.
No Tocantins, o potencial produtivo foi reduzido de 3.800 kg/ha para 3.660 kg/ha, com a produção esperada em torno de 5,7 milhões de toneladas.
A consultoria citou ainda que o Paraná, um dos principais Estados produtores de soja do país, sofreu com algumas adversidades climáticas, incluindo tornados. Isso levou a ajustes na produção para 21,7 milhões de toneladas, número ainda maior que a safra passada.
“De maneira geral, espera-se uma safra recorde em 2026, com boas produtividades… Trata-se de um ajuste relativamente pequeno, mantendo uma produção muito robusta”, acrescentou Silveira.
A área plantada deverá crescer 1,4% ante o ciclo anterior, para 48,31 milhões de hectares.
(Por Roberto Samora)