Dezembro foi mais um mês de queda para os preços da soja em Chicago. Após a alta de novembro, os preços domésticos voltaram a cair em dezembro. Plantio de soja da Argentina está na reta final, com as lavouras apresentando boas condições de desenvolvimento.
Na média do último mês do ano, as cotações da soja fecharam em US$ 9,83/bu na CBOT, queda de 1,2% ante novembro e marcando a terceira desvalorização mensal seguida. O panorama positivo observado para a safra da América do Sul foi o principal motivador.
Quando levamos em consideração a média anual, entre janeiro e dezembro de 2024 a queda para os preços em Chicago foi de 22% sobre o mesmo período de 2023. Após iniciar o ano em alta, os preços foram cedendo com o passar dos meses, principalmente no segundo semestre, coma boa colheita americana.
Seguindo a desvalorização externa, os preços cederam em Paranaguá em dezembro, fechando na média em R$ 140,7/saca, queda de 1,9%. No último mês do ano, além da CBOT, os prêmios também cederam, o que também serviu comofator de pressão. Entretanto, com a ajuda do câmbio, os valores no spot se mantiveram acima de R$ 140/saca em Paranaguá. No ano, a queda acumulada foi de 11,2%.
De acordo com a Bolsa de Cereales, o plantio de soja da Argentina da safra 2024/25 atingiu 92,7% da área total prevista de 18,4 milhões de hectares. No mesmo período do ano passado, o plantio atingia 82% dos 17,3 milhões de hectares cultivados na temporada 2023/24. A qualidade das lavouras segue beneficiada, com 53% estimadas entre boas ou excelentes, 43% dentro da normalidade e apenas 4% em condições ruins. No mesmo período do ano passado, os percentuais eram de 50%, 47% e 3%, respectivamente. Ainda na safra 2024/25, pelo menos 20% dos campos de soja se encontram em fase reprodutiva, até o momento, sob condições favoráveis de umidade do solo.