Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o pregão desta segunda-feira (5) com baixas de dois dígitos nos principais vencimentos. As perdas foram de 7,75 a 12 pontos, levando o julho a US$ 10,46 e o setembro a US$ 10,19 por bushel. O mercado da oleaginosa acompanhou as baixas intensas do milho – que perdeu mais de 3% – e do trigo, de mais de 2% – além do óleo, que terminou o dia com queda de mais de 1% na CBOT neste início de semana.
Os grãos, em especial o milho, além do óleo de soja, sentiram forte o impacto de hoje das baixas do petróleo. “A semana abre no negativo para as commodities agrícolas em Chicago, movimento que acompanha a queda do petróleo após confirmação de aumento da produção da OPEP+”, informou o time da Pátria Agronegócios.
Tanto o WTI, quanto o brent, perderam quase 2% nesta segunda-feira. Ao longo do dia, as baixas foram ainda mais intensas e o movimento de queda tem sido registrada desde o começo do dia.
Além do petróleo em queda, as boas condições de clima no Meio-Oeste americano também pressionam as cotações em Chicago neste início de semana. As chuvas começam a dar uma trégua em regiões importantes de produção nos EUA, favorecendo o ritmo já acelerado dos trabalhos de plantio, ajudando a pesar ainda mais sobre os mercados.
“Com a continuidade do clima quente e seco prevista para os próximos dias é esperado que os trabalhos sigam em ritmo acelerado, mitigando as chances de uma redução de área cultivada em relação ao estimado inicialmente. Caso o clima siga favorável, os EUA podem ter uma safra de milho superando 400 milhões de toneladas, ficando à frente do recorde de 389 milhões da temporada 2023/24”, afirmaram os analistas da Agrinvest Commodities.

O mapa acima, da Rural Clima, aponta para as chuvas previstas no período dos dias 5 a 9 de maio, com os volumes mais intensos sendo previstos agora para a região mais ao centro-sul do país.
Ainda nesta segunda-feira, a alta do dólar frente ao real também foi mais um fator de pressão sobre a soja negociada em Chicago.