Ainda bastante volátil, o mercado da soja volta a intensificar suas baixas na Bolsa de Chicago na sessão desta segunda-feira (10), com os futuros da oleaginosa perdendo mais de 1% entre as posições mais negociadas, por volta de 14h10 (horário de Brasília). As baixas variavam de 9,50 a 10,75 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 10,14 e o julho, com US$ 10,28 por bushel.
O mercado do grão acompanha a pressão sobre os futuros do óleo de soja, que perdem mais de 2,5% na tarde de hoje, vindo em queda já desde o início do dia. Os preços dos óleos vegetais têm recuado em diversas frentes neste início de semana.
“Vai sobrar óleo e farelo no Canadá. O destino mais fácil seria o mercado americano, maior comprador de óleo do Canadá. Fora isso, as bolsas americanas estão em forte queda”, explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
Ademais, o mercado acompanha as condições climáticas na América do Sul, em especial às chuvas que chegam à Argentina nos últimos dias, porém, sem desviar a atenção da guerra comercial. Além dos movimentos já conhecidos, os traders trabalham agora com as notícias de tarifas impostas da China sobre o Canadá – para carne de porco e derivados de canola – ao passo em que o novo premiê canadense, Mark Carney, já afirmou que seguirá retaliando as tarifas.
Paralelamente, os traders também vão ajustando suas posições antes do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta terça-feira (11), porém, com poucas expectativas.
“O mercado não espera grandes mudanças no relatório do Supply & Demand, com expectativa levemente pessimista para soja e o farelo, provavelmente neutra para o trigo e um cenário mais positivo para o milho e óleo de soja”. O boletim será reportado às 13h (horário de Brasília), com a mudança de horário nos EUA.