Nesta tarde de terça-feira (6), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam recuando, porém, mantendo-se ainda próximos da estabilidade. Por volta de 12h35 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 2,50 a 5,75 pontos, levando o julho a US$ 10,39 e o setembro a US$ 10,16 por bushel.
O mercado tende a ter uma semana mais lateral, sem oscilações muito intensas, já que deverá seguir dividindo sua energia entre o quadro fundamental – em especial o clima no Meio-Oeste americano – e nos cenários geopolítico e macroeconômico, ao passo em que vai se ajustando antes do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega na próxima segunda-feira (12).
“Essa semana eu antecipo uma semana um tanto quanto pacata e lateralizada. A seca (em partes nos EUA) não é intensa o suficiente para justificar movimentação, tem chuva prevista e tem relatório na segunda. Então, essa semana, pra mim, é uma semana do mercado esperar para ver, o que não quer dizer que não tem potencial de alta este mercado”, explica o consultor de mercado Aaron Edwards, do Sistema Manancial Consultoria.
Os mapas mostram que as chuvas, nos próximos dias, deverão estar mais concentradas no sul dos EUA, segundo mostram as imagens do modelo GFS, em especial nos próximos sete dias. Já nos próximos 10, as precipitações se espalham um pouco mais e voltam a regiões importantes de proudção, especial no Centro-Leste do Corn Belt.

“Para além das questões geopolíticas e macroeconômicas, o mercado mantém atenção ao ritmo do plantio nos Estados Unidos, favorecido por condições climáticas favoráveis, sustentando o ritmo acelerado dos trabalhos e à expectativa de conclusão rápida”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.