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Soja tem 3ª feira de realização de lucros em Chicago; BR se atenta aos prêmios negativos na safra nova

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A soja fechou o pregão desta terça-feira (4) com baixas de mais de 10 pontos nos principais vencimentos. As perdas oscilaram de 12 a 12,75 pontos, levando o janeiro a US$ 11,21 e o maio a US$ 11,37 por bushel. Os futuros do óleo e do farelo de soja também caíram, liderados pelo farelo, que cedeu mais de 1% nas posições mais negociadas. 

O mercado passou por um movimento técnico de correção e realização de  lucros, após os ganhos acumulados dos últimos dias, os quais refletiram, principalmente, as boas expectativas sobre o comércio de soja entre China e Estados Unidos. No entanto, um acordo efeitvo, oficial e na prática ainda não foi informado, o que acaba deixando a movimentação dos preços um pouco mais fragilizada. 

“O Brasil segue mais competitivo no CFR China, atraindo parte da demanda. O dólar mais forte também adicionou pressão sobre as commodities, enquanto a cautela global aumenta com sinais divergentes do Fed sobre os juros nos EUA”, analisou a Agrinvest Commodities. 

Além disso, os traders também estão ansiosos pelo novo reporte mensal de oferta e demanda do USDA, que foi agendado para o dia 14 de novembro, mesmo com o governo americano ainda em shutdown. 

“O tão esperado acordo entre Donald Trump e Xi Jinping não saiu do papel. Não houve assinatura oficial, nem cerimônia, nem comunicado da China. Tudo o que existe são postagens e declarações dos Estados Unidos. Na prática, nada obriga Pequim a comprar soja americana’, explica o diretor da Royal Rural, Ronaldo Fernandes. “Quando os EUA anunciaram o suposto acordo, Chicago reagiu forte. Entre os dias 27 de outubro e 3 de novembro, o contrato novembro subiu 7,41%, saltando de US$ 10,41 pra US$ 11,19 por bushel. Foi uma disparada, mas com um efeito colateral claro: a soja americana ficou cara demais”.

Assim, com alguns caminhos que os preços têm ainda a definir, o mercado permanece em alerta, mas não entrou em uma trajetória de baixa, ainda como pondera Fernandes. “Pra Chicago, essa queda ainda não é uma virada definitiva. O mercado agora espera o relatório de oferta e demanda do USDA, no dia 14 de novembro. A aposta é que ele venha altista, mas mesmo se vier, Chicago perto de US$ 11 já mostrou que, nesse nível, a China não compra dos EUA. E quando isso acontece, quem volta a ser o destino natural das compras é o Brasil”.

O clima para a safra 2025/26 do Brasil – e logo mais da Argentina também – é mais um ponto de atenção no radar dos players. O plantio avança bem, porém, as condições ainda precisam melhor em algumas regiões-chave de produção. 

MERCADO NACIONAL

No Brasil, a semana tem sido mais contida de novos negócios, com os preços sentindo um impacto mais limitado das movimentações na Bolsa de Chicago. Os prêmios, que vinham sendo um dos principais pontos de suporte para as cotações no mercado nacional, passaram a ser um dos pontos de pressão. Para a safra nova, como explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Rafael Silveira, os prêmios chegaram a bater nos 40 cents negativos para abril nesta terça-feira.

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