O Valor Bruto da Produção (VBP) da soja no Brasil alcançou R$ 291,3 bilhões em 2024, representando uma redução de R$ 59,2 bilhões em relação ao recorde de R$ 350,5 bilhões registrado no ano anterior. Essa retração de aproximadamente 16,9% reflete o impacto combinado de preços internacionais mais baixos e de uma redução moderada na produtividade em algumas regiões do país. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 21 de novembro de 2024. Apesar do recuo, a soja mantém sua posição como o principal produto do agronegócio brasileiro, contribuindo com 23,9% do VBP total do setor.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
O estado do Mato Grosso continuou liderando a produção de soja em 2024, com um VBP de R$ 77,9 bilhões. No entanto, o valor é 19,4% inferior aos R$ 96,6 bilhões registrados em 2023, resultado de uma leve redução nos preços médios e da produtividade em algumas áreas afetadas por adversidades climáticas. Apesar disso, o estado segue como o maior produtor nacional, respondendo por mais de 26% do total do VBP da soja no Brasil.
O Paraná, segundo maior produtor, registrou um VBP de R$ 37,6 bilhões, superando Goiás (R$ 37,1 bilhões) por uma margem estreita. O estado sofreu uma queda de 28,7% em comparação aos R$ 52,7 bilhões alcançados em 2023, reflexo da severidade das condições climáticas.
O Rio Grande do Sul, que ficou na quarta posição com um VBP de R$ 37,1 bilhões, apresentou resiliência ao alcançar uma recuperação em relação aos valores históricos, ainda que tenha ficado abaixo de 2023 (R$ 41,3 bilhões). A combinação de preços um pouco mais baixos e produtividade moderada limitou ganhos maiores.
Por outro lado, estados como Goiás, com R$ 31,9 bilhões, também viram seus números reduzidos em relação ao ano anterior (R$ 36,8 bilhões). A desaceleração no VBP reflete os desafios enfrentados por toda a cadeia produtiva da soja, mesmo em estados com boas condições climáticas.
Volatilidade
A retração de quase R$ 60 bilhões no VBP da soja em 2024 ressalta a volatilidade do mercado e a dependência de fatores externos, como preços e demanda internacional. O produto, contudo, permanece como a base do agronegócio brasileiro, essencial para sustentar o papel do Brasil como líder global no setor.
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