Os preços da soja fecharam o pregão desta sexta-feira (9) em alta na Bolsa de Chicago, com altas que variaram de 6,25 a 7,25 pontos nos principais vencimentos. Assim, o julho terminou o dia com US$ 10,51 e o setembro com US$ 10,26 por bushel.
O mercado começou o dia operando no vermelho, testando leves baixas, porém, retomou o fôlego, voltou a subir e intensificou o movimento de altas. Os futuros do grão acompanham ganhos que se observam também entre os preços do farelo e do óleo de soja na CBOT, além de seguir focado no encontro que acontece neste sábado (10) entre representantes oficiais do governo da China e dos EUA.
“Atenções totais para as prévias do encontro entre autoridades chinesas de americanas agendada para amanhã na Europa. Chicago opera com otimismo, com complexo soja subindo nesta sexta”, afirmam os analistas da Pátria Agronegócios.
Ao mesmo tempo, porém, acompanha também o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos – que conta com condições climáticas favoráveis para o caminhar do plantio, acontecendo em ritmo acelerado -, ao passo em que se ajusta também para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima segunda-feira (12).
O reporte, nesta edição de maio, divulgará irá revisar, novamente, as estimativas de demanda para safras antigas e, ao mesmo tempo, trazendo os primeiros números para a safra 2025/26, o que pode trazer um pouco mais de volatilidade às cotações em Chicago, segundo afirmam analistas e consultores de mercado.
“O mercado já começa a se preparar para a divugalção dos dados do USDA, onde é esperado queda na área e produção de soja para a temporada 2025/26 dos EUA em relação à safra anterior. O clima seco no Meio-Oeste pode influenciar em mais redução de área de soja e aumento do plantio do milho”, explica o time de analistas da Agrinvest Commodities.
Além disso, o mercado ainda encontrou sustentação no novo anúncio de vendas de soja e milho que o USDA trouxe nesta sexta-feira. De soja, foram vendidas 120 mil toneladas da safra nova para o Paquistão, sendo todo o volume da safra 2025/26.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, um dos destaques se deu sobre os prêmios, que chegaram a testar suas mínimas em três meses, levando o flat price da soja, ainda segundo a Agrinvest, a cair cerca de R$ 5,00 por saca em algumas regiões. O movimento se deu, de acordo com analistas e consultores, pelo “grande farmer selling no Brasil nas duas primeiras semanas de abril, pelo grande farmer selling na Argenitna durante todo o mês passado – e a Argentina competindo com o Brasil no destino – a paressão sazonal do mês de maio, a margem de esmagamento caindo muito Brasil e a China recebendo muita soja nos próximos 30 dias”.
Assim, combinada a queda do prêmio com as baixas do dólar, os preços cederam nos portos e no interior do país. Nesta sexta-feira, os preços no mercado físico tiveram oscilações pontuais, com o mercado testando algumas altas em praças específicas, como Sorriso/MT, onde o indicativo subiu 1,2% para R$ 108,20 ou em Não-Me-Toque/RS, onde a alta foi de R$ 0,85% ara R$ 118,00.
Nos portos, os preços variaram de 131,00 a R$ 135,00 por saca, entre disponível e junho, também tendo perdido de R$ 2,00 a R$ 3,00 por saca em algumas posições.