Segundo o CEPEA, o Feijão-preto T-1 em Curitiba fechou a R$ 149,00/sc, com alta de 1,58% no dia, +5,70% na semana e expressivos +10,15% nos últimos 30 dias. Na Metade Sul do Paraná, o preço está em R$ 139,30/sc, com +0,45% na semana e +9,76% no mês. Esse ritmo revela que, apesar da colheita recente, os produtores começam a impor preço para os melhores lotes, uma vez que, passado o pico de colheita, agora têm melhores condições de retardar a comercialização.
A tendência é de que, mantido esse ritmo, a pressão altista continue. Porém, até agora não há perspectivas de altas mais acentuadas durante o mês de junho.
Feijão-carioca em Minas Gerais: preço cede devagar nos lotes intermediários
No Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, o Feijão-carioca Nota 8 a 8,5 está cotado a R$ 210,42/sc, com variação semanal estável, mas queda acumulada de -2,81% nos últimos 30 dias. No Noroeste de Minas, o preço está em R$ 199,65/sc, com recuo mensal ainda mais acentuado: -10,48%.
Esse comportamento evidencia uma dinâmica típica do período de meados de junho, quando as colheitas de pivôs começam a dar sinais de que irão aumentar.
O mercado até reage positivamente aos lotes acima de 8,5, mas castiga com firmeza qualquer material abaixo do padrão ideal. A diferença entre nota 8 e nota 8,5 já ultrapassa os R$ 10/saca, uma margem que coloca o comprador de preço atento. O avanço do Feijão-preto mostra que as superofertas estarão mais raras nas gôndolas.
O Feijão-carioca segue em compasso de lento declínio, onde os bons lotes sustentam o preço, mas os medianos enfrentam resistência. Nesse cenário, informação é mais do que vantagem: é sobrevivência. Saber o que está acontecendo durante o dia em outras praças pode significar a diferença entre ganho ou prejuízo. Quem acompanha o Clube Premier já entendeu que o preço do Feijão não se forma mais em uma banca de São Paulo ou nos boatos do Brás. Ele se constrói diariamente na rotação de estoques, na qualidade entregue e nas decisões antecipadas baseadas em dados reais.
