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Tarifa de 10% dos EUA e valorização do euro terá impacto sobre exportações da zona do euro, diz membro do BCE

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SINTRA, Portugal (Reuters) – Uma tarifa de 10% dos Estados Unidos sobre produtos europeus, combinada com uma valorização semelhante ou maior do euro em relação ao dólar, teria um impacto significativo sobre as exportações da zona do euro, disse o membro do Banco Central Europeu, Martins Kazaks.

Como as negociações comerciais entre os EUA e a UE permanecem incertas, economistas estão especulando sobre as condições que podem levar o BCE a intervir com novos cortes nas taxas de juros para apoiar a economia da zona do euro.

Kazaks disse que as importações da zona do euro já seriam afetadas por uma tarifa de 10% dos EUA – a linha de base com a qual as autoridades da UE se conformaram – e por um aumento de 10% ou mais na taxa de câmbio do euro em relação ao dólar, o que seria apenas 1% a mais do que o ganho desde o Dia da Libertação.

Tarifas mais altas no exterior e uma moeda mais forte tornam as exportações de uma região mais caras.

“Se houver uma tarifa de 10% mais uma valorização da taxa de câmbio do euro de mais 10%, isso é grande o suficiente para afetar a dinâmica das exportações”, disse ele à Reuters no fórum anual do BCE sobre bancos centrais em Sintra, Portugal.

O euro estava sendo negociado a US$1,178 nesta terça-feira, com alta de 13,8% desde o início do ano e de 8,9% desde o início de abril.

Kazaks descreveu a economia da zona do euro como “fraca”, embora ainda apresente “algum crescimento”, acrescentando que a inflação está “mais ou menos” na meta de 2% do banco central, o que implica pouca necessidade de grandes mudanças.

A última projeção do BCE apontou a inflação na meta de 2,0% este ano, antes de cair para 1,6% no ano seguinte e retornar a 2,0% em 2027.

“A maior parte do ajuste de juros já foi feita”, disse Kazaks, repetindo sua posição anterior. “Se houver mais cortes, eles serão pequenos e terão valor de sinalização, desde que permaneçamos no cenário base.”

Ele também alertou que a China “está começando a despejar produtos na Europa”, o que tanto reduzirá a inflação quanto prejudicará a competitividade europeia.

(Reportagem de Francesco Canepa)

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