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Café: Exportações do Vietnã e da Indonésia aumentam em 2025, mas mercado desacelera, avalia Hedgepoint

As exportações do Vietnã e da Indonésia apresentaram um desempenho positivo no primeiro semestre de 2025, refletindo, em parte, a baixa disponibilidade de conilon brasileiro. No Vietnã, as exportações permaneceram acima dos níveis de 2024 desde fevereiro, quando a safra 24/25 do país chegou ao mercado. Os embarques totais aumentaram 6,9% no período de janeiro a julho. No entanto, os números acumulados para a safra 24/25 ainda mostram uma queda em relação aos números de 23/24 devido a um início lento do ciclo e exportações recordes durante os primeiros meses da safra 23/24.

Quanto à Indonésia, as exportações já apresentavam resultados mais fortes em 2024 devido à maior produção na temporada 24/25. No entanto, segundo a analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, Laleska Moda, a ausência vendedores brasileiros no mercado desde janeiro também impulsionou os embarques, com aumento de 76% no primeiro semestre do ano. Com uma boa safra no ciclo 25/26, os números acumulados para a temporada mostram um aumento de 58,1% em relação ao mesmo período no 24/25.

Além da maior disponibilidade na Ásia, a redução dos diferenciais na região em parte de 2025 também contribuiu para o desempenho. No entanto, nas últimas semanas, os diferenciais aumentaram, especialmente no Vietnã, devido à diminuição da oferta durante o período de entressafra. De acordo com comerciantes locais, a maior parte da safra 24/25 já foi vendida, deixando pouco estoque restante. Em relação ao desenvolvimento da safra 25/26, os cafezais estão se desenvolvendo bem, apesar de um julho mais seco do que o esperado. “No geral, o desenvolvimento permanece positivo, mas devemos monitorar a distribuição da precipitação mais de perto nos próximos meses. A colheita da nova temporada deve ocorrer entre outubro e novembro, com uma maior oferta de café chegando ao mercado em dezembro”, diz.

Indonésia

Na Indonésia, os cafeicultores já venderam uma parte significativa da safra 25/26 e estão esperando por preços mais altos antes de vender o restante, com os diferenciais também aumentando. O país também experimentou chuvas intensas nas últimas semanas. “Embora nenhuma grande perda tenha sido relatada, as chuvas interromperam o final da colheita e desaceleraram o comércio. Por outro lado, também surgiram relatos de uma diminuição na demanda por cafés asiáticos. Isso pode refletir tanto as recentes mudanças nos diferenciais, quanto a expectativa de aumento da disponibilidade de conilon brasileiro no segundo semestre do ano, já que a safra 25/26 do Brasil está praticamente concluída”, explica.

Mercado global

O mercado global também tem prestado muita atenção às relações Brasil-EUA. Com a tarifa de 50% sobre o café brasileiro entrando em vigor semana passada, o comércio entre os dois países foi interrompido. Embora o café embarcado no Brasil antes do prazo tarifário de 6 de agosto deva entrar nos EUA sem pagar a tarifa se chegar até 6 de outubro, é improvável que novos negócios ocorram entre os dois países no curto prazo.

“Isso apoiou os preços futuros, especialmente os do arábica. Nesse sentido, o contrato de setembro ultrapassou 300 centavos de dólar por libra-peso na última semana. Uma frente fria atingindo o Brasil nos próximos dias também apoiou os futuros. Os preços devem permanecer voláteis nos próximos meses devido às incertezas em relação aos impactos de médio e longo prazo na cadeia global de fornecimento de café”, diz.

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